ACADEMIA VERMELHA DE ARTE MILITAR PROLETÁRIO-REVOLUCIONÁRIA MIKHAIL V. FRUNZE :

A ARTE PROLETÁRIA DA INSURREIÇÃO SOCIALISTA

ASPECTOS INTRODUTÓRIOS

 

A Concepção Militar-Proletária

de Marx e Engels

no Quadro das Revoluções de 1848-1849

e da Comuna de Paris de 1871

 

ERICH WOLLENBERG[1]

 

Concepção e Organização, Compilação e Tradução Rochel von Gennevilliers

Janeiro 2005 emilvonmuenchen@web.de

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As obras fundamentais de Marx e Engels surgiram na época da aurora do capitalismo, época em que a burguesia de todos os países lutava pelo poder em revoluções e guerras nacionais.

Essa época que, no continente europeu, iniciou-se em 1789, com os ataques dos parisienses à Bastilha, prosseguindo com as Guerras Napoleônicas e as Revoluções de 1848 e 1849, foi, em grande parte, concluída com a Guerra  Franco-Alemã de 1870 e 1871, se abstrairmos o sudeste da Europa (Balcãs) e a Rússia Absolutista[2].

 

Porém, tanto na Europa Central, no Império Prussiano de Bismarck, com seus privilégios, assegurados aos latifundiários junkers do leste do Rio Elba, herdados de modo intocado a partir do feudalismo, quanto no Império Austro-Húngaro, com seus milhares de problemas nacionais insolúveis, encontrava-se ainda a revolução democrático-burguesa em muito irrealizada.

Marx e Engels analizaram as condições sociais de seu tempo, partindo dos fundamentos reais de sua época, i.e. da época do surgimento do capitalismo.

Sua tática revolucionária correspondia às relações então existentes e que pretendiam transformar no sentido do desenvolvimento progressivo.

Essa afirmação também possui sua validade no que concerne à política militar dos fundadores do Socialismo Científico

O que Engels escreveu nesse domínio foi enriquecido, em primeira linha, pelas experiências das lutas revolucionárias de 1848 e 1849, bem como pelas experiências da Comuna de Paris de 1871, de modo a poder constituir, em essência, o Programa Militar do Partido Proletário nas revoluções burguesas.

Em todas as obras de Marx e Engels (e mais tarde nas de Lenin), encontraremos, sempre repetidamente, os conceitos de revolução democrático-burguesa, por um lado, e de revoluçao proletária, por outro lado.

Essa diferenciação não se trata, meramente, de uma simples questão acadêmica, i.e. não se trata de uma certa polêmica em torno dos cabelos da barba do imperador.

Trata-se sim de uma questão de significado prático, eminementemente importante. 

Do caráter de uma revolução – se democrático-burguesa ou proletária – depende, segundo a concepçao marxista, toda a tática do Partido Proletário.

Pode-se apenas compreender os escritos político-militares de Engels, bem como os de Lenin, na medida em que se conheça essas diferenciações, feitas na terminologia e na prática marxistas entre essas ambas revoluções.

Como se sabe, em toda a história havida até o nosso presente, o marxismo reconhece a história da luta de classes, em cujo contexto o proletariado, enquanto última classe explorada e oprimida, pode apenas alcançar sua libertação ao suprimir todas as contradições de classe e, com isso, todas as classes sociais.

Segundo Marx, Engels e Lenin, nossa época histórica de desenvolvimento humano é dominada pelo antagonismo existente entre burguesia e proletariado, com o que a burguesia representa o sistema econômico capitalista e o proletariado, o sistema socialista.

Uma revolução proletária constitui, por consegüinte, um revolução cujo objetivo imediato é a derrubada do capitalismo e a “liberação dos elementos” necessários à concretização do socialismo, à criação de uma sociedade humana sem classes.

Nessa medida, tudo parece ser muito simples.

A coisa toda torna-se, porém, complicada mediante o fato de que na vida dos povos, como na vida dos seres humanos, não existe nenhum tipo de “formas puras”, subsistindo, pelo contrário, lado a lado, as mais diferentes e diversas relações de produção e correlações sócio-políticas, seja capitalistas, seja ainda feudalistas, como já socialistas.

Essas últimas, as quais nem Engels nem Lenin puderam conhecer, não existem, presentemente, nem mesmo nos países clássicos do capitalismo mais avançado, como a Inglaterra e os EUA.

Segundo Marx e Engels, enquanto não forem resolvidas as questões fundamentais da revolução democrático-burguesa, não se pode falar de uma revolução proletário-socialista.

A humanidade não pode saltar por cima de um elo indispensável da corrente de seu desenvolvimento.

As questões fundamentais da revolução democrático-burguesa são a libertação nacional mediante a formação da nação enquanto Estado soberano e a libertação dos camponeses.

Na Revolução Francesa de 1789, tais como em outras, a libertação dos camponeses desempenhou um papel decisivo.

Na Revolução Alemã de 1848 e 1849, a questão nacional – i.e. a “Alemanha inteiramente una e indivisível” - obnubilou o problema agrário, fazendo com que sua solução fosse adiada nas províncias do leste do Rio Elba.    

As Guerras Nacionais, tais como as ocorridas na Europa do século XIX, e as Guerras de Libertação Colonial do nosso tempo, constituem, em muitos sentidos, um componente essencial de uma revolução democrático-burguesa.

O caráter de uma revolução – se proletário-socialista ou democrático-burguesa – depende, pois, das relações objetivas e é determinado pela estrutura social e política de um dado país.

Isso possui apenas pouco em comum com os desejos, esperanças, metas e utopias subjetivas das classes, partidos e pessoas que participam, ativamente, das lutas revolucionárias.

Por isso, o marxismo de Lenin opera uma diferenciação, tanto fundamentada, em sentido econômico, quanto significativa, em sentido político, entre o caráter de uma revolução, suas forças propulsoras, suas classes sociais e partido dirigentes.

Clarifiquemos isso através de um exemplo:

Em seu artigo intitulado “A Campanha da Constituição Imperial”, Engels escreve o seguinte sobre a Insurreição de Maio de 1849 :

 

“A classe trabalhadora recorreu às armas com plena consciência de que a luta, dessa vez, por suas conseqüências diretas, não se tratava de sua própria causa.”[3]

 

Isto é : não se tratava então de uma revolução socialista, mas sim de uma revolução democrático-burguesa, cuja beneficiária direta é a grande burguesia e que, porém:

 

“A classe da pequena-burguesia, cuja importância e influência já destacamos por diversas vezes, pode ser considerada como a classe dirigente da Insurreição de Maio de 1849.”[4]

 

Dessa forma, temos a seguinte síntese :

 

Caráter da revolução : democrático-burguês

 

Forças propulsoras : a classe trabalhadora

 

Papel dirigente : a pequena burguesia

 

Acerca dessa pequena-burguesia alemã, Engels constata, de modo humilhante, que :

 

“Assim, situada entre perigos opostos que a cercavam a partir de todos os lados, a pequena burguesia nada soube fazer com seu poder a não ser entregar as coisas inteiramente a si mesmas, com o que se perdeu naturalmente o mínimo de perspectiva de vitória que ainda podia existir, abandonando-se a insurreição completamente à derrota.”[5]   

 

Esses perigos opostos constituíam, então, a reação feudal, de um lado, e, de outro, a revolução proletária ameaçadora.

Dessas funestas experiências com a burguesia alemã hesitante, Marx e Engels sacam a seguinte conclusão política, alegando que os trabalhadores “devem estar armados e organizados” :

 

“É evidente que, nos conflitos sangrentos que se encontram pela frente, tal como em todos os precedentes, os trabalhadores terão de conquistar a vitória, principalmente através de sua coragem, resolução e auto-sacrifício.

Também nessa luta, os pequenos-burgueses comportar-se-ão, em massa, tal como até o presente momento, tanto quanto possível, de modo procrastinatório, irresoluto e inativo, e, então, tão logo esteja decidida a vitória, arrebatando-a para si mesmos, conclamando os trabalhadores à tranqüilidade e ao retorno aos seus trabalhos, impedindo os assim chamados excessos, excluindo o proletariado dos frutos da vitória.

Não se situa no poder dos trabalhadores recusar tal circunstância aos democratas pequenos-burgueses, porém situa-se em seu poder, dificultar-lhes o ascenso em face do proletariado armado, ditando-lhes tais condições nas quais a dominação dos democratas burgueses traga, em si mesmo, de antemão, o germe da decadência e facilite sua posterior remoção mediante a dominação do proletariado.[6]   

 

Lenin desenvolveu essa tese de Marx e Engels na doutrina da “hegemonia do proletariado na revoluçao burguesa”.[7] ...

 

 

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ESTUDOS MILITARES SOCIALISTAS-INTERNACIONALISTAS

DEDICADOS À FORMAÇÃO

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MOSCOU - SÃO PAULO - MUNIQUE – PARIS

 

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BREVES REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS DE

 

WOLLENBERG, ERICH 

 

por Rochel von Gennevilliers

 

Erich Wolleberg nasceu em 1892, na Alemanha. Seu pai exerceu a profissão de médico.

Após concluir seus estudos secundários, decidiu-se também por estudar medicina.

Recrutado, porém, em 1914, para combater na I Guerra Mundial Imperialista, veio a alcançar o posto de tenente nas Forças Armadas do Império Alemão (Reichswehr) e foi ferido, por cinco vezes.

Em 1918, no encerramento dessa conflagração bélica mundial, ingressou nas fileiras do Partido Social-Democrático Independente da Alemanha(USPD) e defendeu posições manifestamente pacifistas.  

A seguir, participando da Revolução Democrático-Burguesa Alemã de Outubro de 1918, comandou um destacamento de marinheiros revolucionários, na cidade de Könisberg.

Em abril de 1919, colocando-se em favor da defesa da Revolução Bávara, tornou-se um dos comandantes do Exército Vermelho do Norte da República Soviética da Baviera e atuou nas lutas travadas contra o Exército Branco, de Friedrich Noske e Gustav Noske.

Entre maio de 1919 e março de 1922, foi preso e foragiu-se, por diversas vezes.

No curso desses meses, enriqueceu sua prática revolucionária com a teoria marxista-revolucionária do socialismo científico.

Entre 1922 e 1923, atuou como jornalista em Könisberg, dedicando-se às tarefas de agitação política, no quadro do Partido Comunista da Alemanha (KPD), junto à juventude proletária, estivadores e ferroviários, pequenos camponeses e trabalhadores rurais dessa cidade, bem como ocupou-se com atividades propagandistas e organizativas entre as fileiras das Forças Armadas do Império Alemão (Reichswehr).

No fim de abril de 1923, transferiu-se de Könisberg para a região do Ruhr e realizou trabalho clandestino de agitação entre as tropas francesas e belgas, acionadas na Ocupação do Vale do Ruhr, na Alemanha.

Aqui, militou entre mineiros, metalúrgicos, jovens socialistas e comunistas, soldados franceses e belgas da ocupação, difundindo a linha política do jornal “Humanité du Soldat (A Humanidade do Soldado)”, editado pela secretária da Internacional Comunista da Juventude (III Internacional) e do Partido Comunista Francês (PCF).  

Durante o todo o verão de 1923, participou de manifestações revolucionárias internacionalistas de luta contra a ocupação franco-belga do Vale do Ruhr e o Governo Burguês Alemão, clamando por “Golpear Poincaré e Cuno, no Ruhr e na Spree !”

Foi um dos principais articuladores, em abril de 1923, da transformação da Greve Geral de Bochum, no Vale do Ruhr – na qual tomam parte cerca de 500.000 mineiros e metalúrgicos -, em insurreição armada proletária.  

A direção do Partido Comunista da Alemanha (KPD) – exercida, então, por Heinrich Brandler e Ruth Fischer – por entender se tratar essa insurreição de um ato inteiramente precipitado, ultra-esquerdista e provocativo, exigiu que Wollenberg contribuísse para o desarmamento dos trabalhadores revolucionários do Vale do Ruhr.

Em agosto de 1923, é nomeado pelo Comitê Central do Partido Comunista da Alemanha (KPD), pela III Internacional e pelo Estado-Maior das Forças Armadas Vermelhas da URSS, dirigente supremo político-militar, responsável pela Alemanha do Sudoeste, sendo encarregado das operações de luta em Württemberg, Baden, Hessen e, em parte, na Baviera, objetivando à preparação de uma insurreição armada proletária ainda no curso do mesmo ano.

Frustada a insurreição em tela pela direção centrista-oportunista do Partido Comunista da Alemanha (KPD) – exercida, então, por Heinrich Brandler e Karl Radek ,  Wollenberg refugiou-se, em abril de 1924, na URSS, onde efetuou estudos militares junto à Escola Militar do Estado-Maior das Forças Armadas Vermelhas, em Moscou.

Entre 1924 e 1927, exerceu diversos postos de comando nas Forças Armadas Vermelhas, tanto no interior na URSS quanto no exterior.

Tendo capitulado à contra-revolução operário-burocrática stalinista, por intermédio de Bukharin, tornou-se, em 1928, especialista militar do Instituto Marx-Engels de Moscou, vindo a dirigir seu Gabinete Militar.

Ministrou aulas nos cursos militares em que lutadores alemães eram formados como especialistas em insurreições armadas proletárias.

Em fins dos anos 20, aderiu à Oposição Soviética de Direita, protagonizada por Bukharin, Rykov, Tomsky e outros.

Conseguindo regressar à Alemanha, foi dirigente, no quadro do Partido Comunista da Alemanha (KPD), da Liga dos Lutadores do Fronte Vermelho na Alemanha (Roter Frontkämpferbund), de abril de 1931 a dezembro de 1932, combatendo o ascenso nazista e permanecendo crítico, porém, em face da política stalinista de então, protagonizada por Ernst Thälmann e seus adeptos, consistente em contemplar a Social-Democracia Alemã enquanto expressão fática do social-fascismo e principal inimigo a ser derrotado.

A seguir, foi novamente encarcerado e, mais uma vez, liberado.

Opôs-se, então, ativamente à linha stalinista de aliança eleitoral, selada, no quadro do “Referendo Prussiano Vermelho de 21 de julho de 1931”, entre o Partido Comunista da Alemanha(KPD), o Partido Nazista de Hitler (NSDAP), o Partido Nacional Alemão de Hugenberg (NDP) e os Capacetes de Aço de Hindenburg (Stahlhelm), com forma de derrubar o Governo de Frente-Popular, encabeçado pela Social-Democracia Alemã. 

Opôs-se resolutamente à política stalinista de realização de “greve comum”, encabeçada pelo Partido Comunista da Alemanha(KPD) em conjunto com o Partido Nazista de Hitler (NSDAP), em novembro de 1932, contra a administração municipal social-democrática, na cidade de Berlim.

Depois da tomada do poder por Hitler na Alemanha, por criticar, desde uma perpectiva trotskysta, a direção stalinista burocrático-contra-revolucionária do Partido Comunista da Alemanha(KPD) e do Komintern Stalinista, foi expulso dessas organizações, em 4 de abril de 1933, juntamente com Felix Wolf.

Aproximou-se do trotskysmo, em 1934.

Foragido na cidade de Praga, em julho de 1934, organiza um grupo de oposição trotskysta no interior do Partido Comunista da Tchecoslováquia (CKP). 

Durante o período da Grande Depuração Stalinista, foi intensamente perseguido pela NKVD (Polícia Secreta Stalinista), sob a acusação de liderar - juntamente com o revolucionário alemão Max Hoelz - o “centro terrorista-trotskysta contra-revolucionário”.

Emigrou, em agosto de 1938, para a França e colaborou, militarmente, com diversos grupos guerrilheiros anti-nazistas, até ser preso em 1940.

Tendo conseguido fugir do campo de concentração Le Vernet, por contar com o auxílio de alguns oficiais franceses, dirigiu-se para Casablanca e aí participou da Resistência de Marrocos.

Mesmo perseguido intensamente pelos serviços secretos stalinistas e nazistas, seu pedido de ingresso nos EUA como refugiado político é rejeitado pelo Consulado Norte-Americano, em outubro de 1941, a despeito de ter recebido, em janeiro do mesmo ano, 1.200 francos do Centro Americano de Recursos para poder organizar sua fuga em direção ao México.

Mais uma vez preso, foi libertado pelo desembarque aliado e veio a tornar-se, temporariamente, em 1946, correspondente de imprensa dos Estados-Unidos na Baviera para assuntos concernentes à desnazificação.

A seguir, passou a trabalhar como jornalista e autor independente.

Em 5 de abril de 1971, aos 79 anos, referindo-se à sua profissão de fé revolucionária, assinalou ter permanecido fiel à luta aberta contra o nazismo e o stalinismo, “contra Hitler e Stalin”, esses “dois irmãos hostis”, e em favor de um “socialismo com face humana” que, segundo o próprio Wollenberg, corresponderia às concepções de Marx, Engels, Rosa Luxemburg, Lenin e Bukharin[8].

 

 

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[1] Cf. WOLLENBERG, ERICH. Engels und Lenin. Militärpolitische Schriften (Engels e Lenin. Escritos Político-Militares), especialmente : Einteilung zu Teil I : Engels (Introdução à Parte I : Engels), Offenbach-Frankfurt a.M. : Bollwerk-Verlag, 1953, pp. 7 e s.

[2] Nesse ponto de sua exposição, Wollenberg assisala o seguinte : “Bastilha : fortaleza de Paris que ao tempo da monarquia servia de prisão política do Estado Absolutista. Quando a Bastilha foi atacada pelos sublevados, em 14 de julho de 1789, aí já não se encontrava detido mais nenhum priosioneiro político, desde há muito tempo. O assalto da Bastilha, enquanto sinal visível adicional da Revolução Burguesa vitoriosa, conduziu à derrubada do reino e ao fim da dominação feudal na França. O 14 de julho tornou-se, então, Dia de Feriado Nacional, em toda a França. Cf. WOLLENBERG, ERICH. ibidem, especialmente Hinweisnoten (Notas Indicativas), Offenbach-Frankfurt a.M. : Bollwerk-Verlag, 1953, p. 68.     

[3] Cf. ENGELS, FRIEDRICH. Revolution und Konterrevolution in Deutschland (Revolução e Contra-Revolução na Alemanha)(Agosto 1851 – Setembro 1852), in : Marx & Engels Werke (Obras de Marx e Engels), Capítulo 18 : Os Pequeno-Burgueses, Vol. 8, p. 98.; tb. WOLLENBERG, ERICH. Die Reichsverfassungskampagne (A Campanha da Constituição Imperial)(2 de Outubro de 1852), in: Engels und Lenin. Militärpolische Schriften (Engels e Lenin. Escritos Político-Militares), Teil I – Engels : 1. Die Taktik der Kommunisten in der bürgerlichen Revolution. 1. Freies Feld für die Arbeiterinteressen (Parte I – Engels : A Tática dos Comunistas na Revolução Burguesa 1. Campo Livre para os Interesses dos Trabalhadores), editado e prefaciado por Erich Wollenberg, Offenbach-Frankfurt a.M. : Bollwerk-Verlag, 1953, pp. 9 e 13.  O presente artigo em destaque de Friedrich Engels surgiu, na data indicada, sendo publicado, sob o nome de Karl Marx, no jornal New York Tribune(A Tribunal de Nova York).  Acerca desse artigo, Erich Wollenberg assinalou o seguinte, no mesmo sítio, em nota-de-roda-pé: “Trata-se do conflito havido entre a Assembléia Nacional de Frankfurt (a “Assembléia Abominável”, tal como Engels a denomina) e os governos dos Estados Alemães que, em maio de 1849, conduziu à violenta dissolução daquela e, enquanto resposta a esse ato, a insurreições armadas, em particular na Saxônia(Dresden), em Pfalz, em Baden e na Prússia-Renana.”   

[4] Cf. ENGELS, FRIEDRICH. ibidem, p. 99.; tb. WOLLENBERG, ERICH. ibidem, pp. 9 e 13.

[5] Cf. ENGELS, FRIEDRICH. ibidem, p. 100.; tb. WOLLENBERG, ERICH. ibidem, pp. 9 e 13.

[6] Cf. MARX, KARL & ENGELS, FRIEDRICH. Ansprache der Zentralbehörde an den Bund (Discurso da Autoridade Central à Uniao)(Março de 1850), in : ibidem, Vol. 7, p. 249; WOLLENBERG, ERICH. ibidem, pp. 9, 14 e 15. Acerca desse artigo, Erich Wollenberg assinalou o seguinte, na mesma sede, em nota-de-roda-pé: “Trata-se de uma circular do Comitê Central da Liga Comunista Internacional (com sede em Londres),  redigida por Marx e Engels e enderaçada às direções da seção alemã da Liga dos Comunistas.”

[7] Nesse passo de sua exposição, Wollenberg assinala o seguinte acerca do surgimento inicial do vocábulo hegemonia, na doutrina revolucionária elaborada por Lenin : “Hegemonia, hegemônico : direção, dirigente (do idioma grego). Esse termo foi utilizado, originariamente, por Lenin em conexão com o “papel dirigente do proletariado na Revolução Burguesa.” Cf. WOLLENBERG, ERICH. Engels und Lenin. Militärpolische Schriften (Engels e Lenin. Escritos Político-Militares), Hinweisnoten (Notas Indicativas), Offenbach-Frankfurt a.M. : Bollwerk-Verlag, 1953, p. 68.

[8] Acerca do tema, vide p.ex. WOLLENBERG, ERICH. Sinn und Zielrichtung meines Lebens (Sentido e Direção Finalística da Minha Vida), in : Schwarze Protokolle (Protocolos Negros), Nr. 6, Hamburg, 04.1971, pp. 3 e s.