ACADEMIA VERMELHA DE
ARTE MILITAR PROLETÁRIO-REVOLUCIONÁRIA MIKHAIL V. FRUNZE :
A ARTE
PROLETÁRIA DA INSURREIÇÃO SOCIALISTA
ASPECTOS
INTRODUTÓRIOS
Relatório sobre as Experiências do Trabalho Bolchevique
Entre as Tropas Regulares do Estado Burguês
EMELIAN M. YAROSLAVSKY[1]
Concepção e Organização, Compilação e Tradução Rochel von Gennevilliers
Fevereiro 2005 emilvonmuenchen@web.de
Voltar ao Índice Geral http://www.scientific-socialism.de/ArteCapa.htm
Companheiros!
Gostaria de apresentar-lhes um relato sobre as experiências
que realizamos em nosso trabalho bolchevique entre as tropas regulares governamentais, no exército,
na marinha, na aeronáutica etc.
Acredito que nossos Partidos Comunistas possam apreciar muitíssimo essas experiências, delas se
valendo ao utilizarem-nas conseqüentemente.
Recordo-lhes que trabalhávamos entre as tropas do Estado Czarista sob as mais severas condições de ilegalidade, existentes por todos os lados, em um tempo em que nosso Partido Russo era inteiramente ilegal.
Apesar de muitos Partidos Comunistas encontrarem-se,
presentemente, em situações
mais favoráveis do que as que
possuíamos naqueles dias no que concerne a essas relações de trabalho
revolucionário, temos todos de admitir que, até o presente momento, nem um
único Partido Comunista logrou criar uma organização militar revolucionária tão
ampla quanto a do nosso Partido Russo, no período da Primeira Revolução de 1905 a 1907
e, particularmente, no período da Segunda Revolução de 1917.
Certamente, o Partido Comunista da Alemanha (Kommunistische Partei Deutschlands) possui uma organização no estilo da Liga Vermelha dos Lutadores do
Fronte (Roter Frontkämpferbund) que,
relativamente à sua dimensão e ao seu significado, representa, em medida
expressiva, algo que, até agora, não se encontrava disponível e que, em relação
às possibilidades de desenvolvimento subseqüente, já está ultrapassando aquilo
que pudemos criar em condições de ilegalidade.[2]
Porém, também o Partido Comunista da Alemanha (KPD) deve abordar, com toda a seriedade, a questão de sua
atuação entre as filerias das forças armadas regulares, existentes no Estado Alemão.
INÍCIO DO TRABALHO REVOLUCIONÁRIO
ENTRE AS TROPAS GOVERNAMENTAIS
Companheiros!
Demos início a nossa atividade organizada entre as tropas
regulares do Estado
Czarista, aproximadamente em 1902 e 1903.
À época da Primeira Revolução Russa, em 1905,
ainda não possuíamos, porém, nenhuma organização militar revolucionária tão
forte sobre a qual pudéssemos nos apoiar.
Apenas no curso de 1905 e 1906, simultaneamente com o
movimento que ascendia e se desenvolvia, estendemos nossa organização militar
revolucionária.
MODO INICIAL DO TRABALHO MILITAR REVOLUCIONÁRIO
Como trabalhávamos ?
Dedicávamos uma atenção especial aos jovens trabalhadores
que se encontravam prestes
a serem incorporados à prestação do serviço militar.
Preparávamo-los para impulsionar uma propaganda
socialista-revolucionária, no interior das forças armadas regulares.
Em diversas localidades, organizávamos campanhas especiais entre os
recrutas, entre os convocados para
formação militar.
Quase em todas ocasiões de realização de exames físicos de seleção para o
serviço militar sacávamos boletins e
distribuíamos nas fábricas, nas indústrias, bem como nos locais de ocorrência
dos processos de seleção.
Nesses boletins, descrevíamos as tarefas do revolucionário
socialista, no interior das forças armadas
governamentais.
Sob as condições mais difíceis de ilegalidade, criamos,
de 1905 a 1907, mais de 20 jornais ilegais, dedicados à propaganda revolucionária impulsionada no
seio das forças armadas do Estado Czarista.
Todas as grandes cidades dotadas de guarnição, tais
quais Reval
(RvG.: Tallin, capital da
Estônia),
Riga, Dvinsk, Batum, Odessa, Yekaterinoslav, Varsóvia, Sveaborg, Kronstadt,
Petesburgo, Moscou e outras, possuíam
seus jornais
de soldados, editados por nossa organização ilegal e distribuidos nas forças armadas governamentais por
nossos membros e trabalhadores que possuíam ligações com as tropas.
Quanto ao número dos panfletos que editávamos, devo
dizer que não existiu nenhum acontecimento político relativamente significativo
sob cujo pretexto não tivéssemos editado um panfleto endereçado aos soldados.
Esses panfletos eram editados em quantidades bastante
grandes e, dado o caso, contando até mesmo com alguns milhares de exemplares.
Eram distribuidos não apenas na cidade da guarnição
respectiva, senão ainda em todo o distrito militar, resultando explorada toda e
qualquer possibilidade, por mais ínfima que fosse.
FORMA DE ORGANIZAÇÃO
DO TRABALHO MILITAR REVOLUCIONÁRIO
Nossa forma de organização militar revolucionária era a seguinte :
Tinhamos em conta o fato de que as forças armadas do Estado Czarista não eram homogêneas.
Além disso, não nos colocávamos a tarefa de trazer, a todo custo, para o
nosso lado, todos os setores das tropas, mas sim selecionávamos os setores que, de acordo com sua composição de classe, encontravam-se maximamente inclinados a seguir nossa
propaganda revolucionária.
Escolhíamos os setores das tropas em que existia maior número de trabalhadores, p. ex. os artilheiros, os sapadores, os marinheiros e todos setores
técnicos das tropas, nos quais o número de trabalhadores era maior.
A esses setores, dirigíamos nossa principal atenção.
Evidentemente, o papel desses setores das tropas, i.e. a
marinha, a artilharia e as tropas de engenharia, é, nas forças armadas modernas, por todos os lados, de
grande importância.
Em dimensão mínima, lográvamos obter êxito em setores
das tropas como o da cavalaria, composta
preponderantemente por camponeses abastados, precisamente como sucedia na Europa Ocidental, onde a cavalaria é constituida, principalmente, por elementos pertencentes ao campesinato rico.
SOBRE OS GRUPOS E AS CÉLULAS
CONSPIRATIVAS
FORA E DENTRO DOS QUARTÉIS
Segundo a possibilidade, criávamos, em todos os setores
das tropas governamentais, pequenos grupos conspirativos, cujos
representantes formavam os comitês ilegais de batalhões e regimentos.
Eles permaneciam em contato com nossas células militares conspirativas, situadas fora dos quartéis.
É obviamente compreensível o fato de que todos os
contatos, mantidos com as organizações militares revolucionárias, fossem
particularmente conspirativos.
Para isso, escolhíamos companheiros particularmente confiáveis.
Jamais prevíamos o número de membros dessas
organizações, pois que não as considerávamos, de nenhuma maneira, como uma
força acabada que pudesse intervir autonomamente.
Considerávamo-las como uma força de organização que, no momento necessário, poderia arrastar para a
revolução proletária a massa dos soldados e marinheiros que conosco
simpatizavam.
Por isso, jamais fizemos previsões sobre um número
determinado.
Contudo, devo dizer que, nessa organização, possuíamos,
às vezes, algumas centenas de homens, como p.ex. em Kronstadt, Sevastopol e outras localidades.
NOSSAS CONSIGNAS REVOLUCIONÁRIAS
ENTRE AS TROPAS GOVERNAMENTAIS
Nossas consignas eram dos mais
diversos tipos.
Considerávamos, sobretudo, como indispensável
impulsionar uma agitação
revolucionária abrangente.
Dinamizávamos uma ampla agitação não apenas relacionada
com importantes
eventos políticos, mas sim
abordávamos, em sua total dimensão, as condições peculiares de vida do soldado que, por vezes, fornecia-nos rico material para
propaganda e agitação revolucionárias.
Valíamo-nos da falta de direitos do soldado, da disciplina cruel, da relação de subordinação
humilhante, mantida entre oficiais e soldados.
ANÁLISE DE CLASSE DO CORPO DE OFICIAIS
O exame dessas questões – tal qual, em particular, a
análise da relação existente entre oficiais e soldados – é tanto mais
importante, na medida em que, em muitos países da Europa Ocidental, particularmente nos setores das tropas de guarda
governamentais, o corpo
de oficiais pertence às classes dominantes.
Esse corpo é composto por nobres ou por representantes da classe
capitalista.
SOBRE A ERUPÇÃO IMPENSADA
NAS FORÇAS ARMADAS DO ESTADO BURGUÊS
Assim, preparávamos as massas sobre o terreno da luta de
classes, a fim de que se voltassem, no momento necessário, contra o sistema
capitalista.
Porém, sempre velamos para que não surgisse nenhuma erupção despropositada.
Pois, na organização militar revolucionária, há que
contar sempre com a circunstância de que uma rebelião impensada nas forças
armadas do Estado Burguês é reprimida, habitualmente, com a maior crueldade,
conduzindo a uma séria derrota organizativa para a revolução.
Uma tal erupção despedaça, em certos casos, por um longo
tempo, a organização revolucionária do setor de tropa da cidade, da guarnição
em questão etc.
Por isso, atentávamos muito para o fato de que não
surgisse nenhuma ação
putchista, nenhum motim despropositado.
A despeito disso, algumas ocorreram.
Cumpre-me referir, aqui, a Insurreição de Sveaborg e toda uma série de outras sublevações que, em todos os
casos, rebentaram em
oposição às resoluções de nossos centros políticos, precisamente porque nelas, além de nós, atuaram também outras
organizações de luta, tais quais as dos socialistas-revolucionários (SRs), especialmente inclinadas a todos os tipos de aventuras,
a todos os tipos de ações sediciosas que, acidentalmente, permitiam estourar,
com volúpia, em um desses golpes de força impensados.
Sempre advertíamos contra isso, aspirando a impedir que
a energia revolucionária dos soldados e marinheiros fosse desperdiçada
despropositadamente.
CONFERÊNCIAS MILITARES REVOLUCIONÁRIAS
Gostaria igualmente de mencionar que, sob condições de
ilegalidade, dificultosas em todos sentidos, conseguimos organizar uma série de
conferências militares
revolucionárias.
No início de 1906, tivemos uma destas aqui em Moscou.
Entretanto, já na sua primeira sessão, foram presos
quase todos os seus participantes.
Porém, essa conferência não passou em brancas nuvens.
Em novembro de 1906, tivemos um
ampla conferência de organizações militares revolucionárias e de luta que se
reuniu em Tammersfors, na Finlândia.
Essa conferência assumiu grande importância, em todos os
sentidos.
Vocês podem examinar um artigo especial de Lenin dedicado a ela.
Nesse artigo, Lenin ocupa-se exaustivamente com as
resoluções nela adotadas, tendo em grande apreço seu significado para a
execução dos protocolos da Conferência de Novembro das Organizações Militares e de Luta do Partido
Operário Social-Democrático Russo (POSDR).
SOBRE O TRABALHO REVOLUCIONÁRIO ENTRE OS
OFICIAIS
Chamaria ainda a atenção dos ouvintes para outras
questões que permanecem em conexão com o trabalho revolucionário a ser
realizado entre as tropas. Trata-se do trabalho entre os oficiais.
Uma certa parte de nossos companheiros muito se ocupou
com o pensamento relativo a ser ou não possível criar uma forte organização militar
revolucionária com a participação de oficiais.
Em particular, Georgy Plekhanov censurou-nos por pouco fazermos para conquistar os
oficiais.
Na história, os
revolucionários que trabalharam antes de nós, marxistas-bolcheviques – estou-me
referindo aos decembristas e aos militantes do “Nadornaia Volia (Vontade do Povo)” – criaram, principalmente, organizações militares de
oficiais.
Estas não eram, porém, organizações de massas, senão organizações puramente conspirativas, destinadas à conspiração militar, à revolução militar.
Não nos entregávamos a nenhuma ilusão : já defendíamos a
concepção de que é necessário trazer para o nosso lado os oficiais que simpatizam conosco.
Porém, no que concerne a seus membros, devem ser
trazidos para a própria organização militar revolucionária apenas pessoas absolutamente
confiáveis, absolutamente provadas.
Cumpre dizer, porém, que, na revolução proletária, os oficiais demonstraram-se menos
confiáveis do que a massa de soldados.
Por isso, admitimos como membros de nossas organizações
militares revolucionárias apenas oficiais isolados, tal como
também o admitimos como membros de nosso Partido Bolchevique.
Já então, possuíamos em nossa organização partidária
significativas forças militares.
Pudemos empregá-las na tomada de deliberações técnicas,
bem como fomos capazes de utilizar suas experiências militares.
Muitas dessas forças militares eram instrutores de
nossos grupos revolucionários de luta.
Além disso, serviamo-nos de seus conhecimentos para nos
informar, diretamente, sobre as forças de nossos inimigos de classe.
ARTICULAÇÃO E PREPARAÇÃO DA INSURREIÇÃO
PROLETÁRIA
É necessário dizer que todo e qualquer Partido Comunista
que se ocupe seriamente com a questão da insurreição proletária há de se
colocar diante desses problemas.
Todo Partido que se ocupe seriamente com a questão da
insurreição proletária não pode ignorar e nem deixar desconsiderados os
problemas relacionados com a sua articulação e com a sua preparação.
Levantamentos sobre as forças do adversário de classe,
sobre sua técnica, sobre seus meios, formam uma parte dessa articulação e dessa
preparação.
Constituem uma tarefa séria, em todos os sentidos, a
qual pode ser apenas cumprida exitosamente se a organização revolucionária
destinar pessoas para o cumprimento dessa tarefa, consagrando a essa questão
uma séria e destacada atenção.
Já ao tempo da Primeira Revolução de 1905 a 1907, perdemos muito por freqüentemente conhecermos apenas
de modo ruim as forças de nosso inimigo de classe, bem como por não
conseguirmos nos orientar, oportunamente, no domínio de saber quais forças o
inimigo poderia dinamizar contra nós.
Em seu artigo intitulado “Lições da Revoluçao de 1905”, Lenin chama a atenção, com toda a ênfase, para esse fato.
Na época da Segunda Revolução de 1917, quando a
massa de soldados se encontrava revolucionada pela Guerra Imperialista, essa tarefa foi facilitada pelo fato de que nossa
organização militar revolucionária abarcava, já então, quantidades amplamentes
grandes de soldados.
Não se pode, porém, admitir que a conquista das massas
de soldados seja um processo espontâneo.
Sem uma especial seleção de pessoas correspondentes, sem
a organização, sem a análise extraordinariamente abrangente das forças armadas
do Estado Burguês, sem a propaganda e sem a agitação, realizadas no seio
daquelas, sem a organização das forças proletárias revolucionárias não é
concebível o fato de que pudemos nos valer das forças armadas do inimigo de
classe não como uma força
neutra, mas sim como uma força que conosco simpatizava.
COMO COMBATER AS TROPAS E AS FORÇAS
ARMADAS
DO ESTADO BURGUÊS
Lenin salientou, repetidamente, que temos de aprender a combater as tropas e as forças armadas do Estado Burguês.
Combater as forças armadas do Estado Burguês não
significa, porém, impulsionar apenas agitação e propaganda em seu seio,
senão ainda criar, no interior dessas forças, um poder organizado, capaz de arrastar os elementos hesitantes, no momento
necessário.
Gostaria de chamar atenção para o fato de que nossos Partidos Comunistas que já desenvolvem uma tal atividade – quero dizer isso
de uma maneira um pouco reservada -, não possuem ainda o impulso necessário
para desencadear uma atmosfera revolucionária determinada, capaz de arrastar
consigo as massas.
Todo e qualquer indício de clima revolucionário entre as
tropas regulares governamentais repercute, muito densamente, sobre as massas de
camponeses e, particularmente, sobre as massas de trabalhadores.
Não existe, provavelmente, nenhum outro fator que
revolucione as massas em grau mais elevado do que um movimento entre as tropas.
Tais movimentos revolucionam nossas massas de
trabalhadores.
Se o proletariado -
ainda que ainda provisoriamente desarmado -, começa a reconhecer que a
simpatia das tropas regulares governamentais, o apoio das forças armadas do
Estado Burguês ou, como mínimo, de um ou alguns de seus setores, encontra-se de
seu lado, passa, então, a colocar para si o cumprimento de muito mais objetivos
e tarefas revolucionárias do que se poderia imaginar.
SOBRE A SITUAÇÃO DE GUERRA VINDOURA
Em atenção ao perigo da guerra vindoura, devemos, creio
eu, dedicar mais atenção às tropas multifacetadas das forças armadas burguesas
imperialistas.
Não resta a menor dúvida de que se, no mínimo, chegarmos
a uma tal guerra no estilo da I Guerra Mundial Imperialista, vivenciada
há 14 anos, essa conflagração bélica abarcará as mais amplas massas dos povos e
tribos subjulgados pelos países imperialistas.
Tropas
combatentes da África e da Ásia serão
trazidas para combater as massas proletárias da Europa e da União Soviética.
Colocamo-nos diante de uma grande tarefa.
Devemos levar o trabalho revolucionário nos países
atrasados a sua máxima expressão, a fim de que esses povos e tribos já agora,
antes de que intervenha o momento da guerra, compreendam que forjarão para si
mesmos uma cadeia dupla de escravidão em seus países se auxiliarem o
capitalismo imperialista a combater o movimento dos trabalhadores na Europa, bem como o proletariado na União Soviética.
Devemos demonstrar-lhes que sua tarefa e seu dever do
momento, na medida em que sejam convocados a lutar, não consiste em que se
neguem a abrir fogo, mas sim em que auxiliem a organizar a luta contra os
burgueses imperialistas, na medida em que lhes forem dadas armas, destinadas ao
empreendimento da luta contra a revolução proletária.
Companheiros !
É precisamente para isso que gostaria de direcionar-lhes
a atenção.
Lamentavelmente, as experiências de nossa atividade não
foram ainda suficientemente provadas e estudadas.
A nós, bolcheviques russos, deva talvez ser
atribuida a culpa de não compreendermos como fazer propaganda em favor dessas
experiências extremamente ricas, tal como haveria de ser feito.
Não tenho aqui a possibilidade de abordar essa questão,
em todos os seus detalhes.
Creio que o Comitê Executivo da Internacional Comunista deveria ser, ao final, encarregado de providenciar a
literatura necessária para atingir esse objetivo.
Refiro-me a uma série completa de brochuras que
familiarize, em primeiro lugar, os Partidos Comunistas com as experiências
realizadas pelos bolcheviques no quadro do trabalho revolucionário, dinamizado
entre as tropas regulares governamentais – i.e. no exército, na marinha, na
aeronáutica etc. – e, em segundo lugar, esclareça as experiências efetuadas
durante a I
Guerra Mundial Imperialista já
transcorrida, relativamente à propaganda a ser impulsionada no seio das tropas
do Estado Burguês.
É necessário editar uma série inteira de escritos populares para diversos países, visando a fazer desse trabalho
entre as tropas do regime uma atividade sérissima, sem a qual é impossível a
correta articulação e preparação das massas trabalhadores para a luta a ser travada contra os burgueses
imperialistas, no caso de uma guerra vindoura.
Acredito, companheiros, que vocês conferirão ao Comitê Executivo da
Internacional Comunista um tal encargo
e, através disso, facilitarão nosso trabalho revolucionário, a ser realizado
seja no exército, seja na marinha, seja na aeronáutica, elevando-o à sua necessária
altura revolucionária.
______________________________________
BREVES REFERÊNCIAS
BIOGRÁFICAS DE
YAROSLAVSKY, EMELIAN
MIKHALOVITCH
por
Rochel von Gennevilliers
Mine Israilievitch Gubelman possuiu os seguintes
pseudônimos partidários e literários: “Emelian”, “Ilian” ou ainda
“Emelian Mikhailovitch Yaroslavsky”.
Foi um dos mais antigos participantes ativos do movimento
marxista-revolucionário da Rússia Czarista, bem como um renomado
protagonista do bolchevismo, seja sob a direção revolucionária de V. I.
Lenin, até 1924, seja, posteriormente, sob a burocracia soviética
contra-revolucionária de Iossif Stalin.
Yaroslavsky veio também a ser
conhecido como historiador, publicista e, a partir de 1939, como professor
universitário.
Nasceu em 1878, na cidade de Tchit, em uma
família de colonos agrícolas. Concluiu a terceira série da Escola
Municipal.
A partir dos 9 anos, começou a trabalhar em uma oficina
de encadernação de livros e, a seguir, em uma farmácia. Posteriormente, foi
aprovado em um exame da quarta série ginasial.
Em 1898, ingressou nas fileiras do Partido Operário
Social-Democrático Russo (POSDR), passando a ser responsável pela
organização das primeiras células social-democráticas de trabalhadores
ferroviários e estudantes de Zabaikalsk.
Em 1901, viajou ao exterior.
Regressou, posteriormente, à Rússia Czarista com um
grande transporte de literatura ilegal.
Ingressou, então, na composição do Comitê de Tchit
do POSDR.
Em 1903, foi preso e, a seguir, libertado, sendo colocado
sob vigilância policial.
Depois disso, passou a desenvolver intensamente
atividades clandestinas.
Tendo-se transferido para Petersburgo, Yaroslavsky entrou
na composição do Comitê do POSDR dessa cidade.
A partir de então, trabalhou como propagandista e
organizador de iniciativas políticas bolcheviques, realizadas junto a Guarda
de Narvsk. Em abril de 1904, à época da preparação das Festas do
1° de Maio, foi novamente preso e mantido no “Presídio das
Cruzes”, até meados de dezembro daquele mesmo ano. Libertado sob
fiança, dedicou-se, mais uma vez, ativamente, ao trabalho partidário.
Depois do Domingo Sangrento, ocorrido em 9
de janeiro de 1905, Yaroslavsky viu-se obrigado a deixar Petersburgo.
A seguir, realizou importante trabalho partidário em Tver,
Nijn Novgorod, Kiev e Odessa.
Em 13 de fevereiro de 1905, foi novamente preso, em Odessa,
permanecendo no cárcere até a Insurreição de Potiomkin, ocorrida
em junho de 1905.
Depois de 10 dias de greve de fome, foi libertado
e regressou ao trabalho partidário, inicialmente em Odessa e, a
seguir, em Tula.
Entre os meses de outubro e dezembro de 1905, Yaroslavsky
tornou-se um dos dirigentes do movimento revolucionário de Yaroslavl.
Na Conferência de Tammersfors do POSDR, ocorrida
em dezembro de 1905, interviu como delegado da organização bolchevique de Yaroslavl.
Recordando-se dessa conferência, escreveu Nadejda Krupskaya :
“Que pena que não
tenham sido preservados os protocolos dessa conferência. Com quanta animação
ela ocorreu !
Estávamos no
próprio clímax da revolução, estando cada um dos nossos companheiros tomado
pelo entusiasmo de combater.
Nos intervalos
das sessões, praticavam tiros ...
Nenhum dos então
delegados a essa conferência podê-lo-ia ter esquecido.
Lá estavam Lozovsky, Baransky, Yaroslavsky e
muitos outros.
Recordo-me desses
companheiros porque seus informes sobre as condições locais eram
excepcionalmente interessantes.”
(citado in:
Trotsky, Lev D. Stalin (1941), Livro II, Capítulo : Pervaia Revolutsia (A
Primeira Revolução), Benson-Vermont : Felshtinsky, 1985, p. 107).
A seguir, Yaroslavsky deslocou-se para Moscou,
para ingressar no Comitê do POSDR dessa grande cidade e, por
determinação desse organismo, começou a atuar em sua organização militar
revolucionária, tomando parte da edição do jornal “Jizn Soldata
(Vida de Soldado)”.
No outono de 1906, foi preso, no quadro da Conferência
da Organização Militar Bolchevique de Moscou.
Tendo conseguido fugir da Centro de Polícia de
Suschiovsk, dirigiu-se para Stokholm, munido de um
mandato da organização de Yaroslavl, a fim de participar do IV
Congresso da Unificação do POSDR.
Concluído o congresso em tela, dedicou-se ao trabalho
partidário bolchevique em Ekaterinoslav, Moscou e Petersburgo, onde
se tornou responsável pela redação do jornal militar-clandestino “Kazarma
(Caserna)”.
Em fins de 1906, participou da I Conferência
Militar-Combativa do POSDR, em Tammersfors, que deu vida
ao ”Bureau Provisório das Organizações Militares e de Combate”.
Acerca de seu papel na organização dessa conferência,
assinalou Trotsky :
“Contra a resistência direta do Comitê Central Menchevique, porém com a ativa cooperação de Lenin, os grupos de luta do Partido
conseguiram, em novembro de 1906, convocar sua própria conferência, em Tammersfors.
Entre os participantes dirigentes dessa conferência,
encontramos nomes de revolucionários que, em seguida, desempenharam um papel
grandioso ou notável no Partido: Krassin,
Yaroslavsky, Zemliatchka, Lalaiants, Trilisser e outros.
Stalin não
estava entre eles, apesar de se encontrar então em liberdade, na cidade de Tiflis.”
(Trotsky, Lev D. Stalin (1941), Livro II, Capítulo :
Period Reaktsy (O Período da Reação), Benson-Vermont : Felshtinsky, 1985, p.
148).
No outono de 1907, Yaroslavsky participou
do V Congresso do POSDR, realizado em Londres, na
condição de delegado das organizações militares revolucionárias de Petersburgo
e Kronstadt.
Preso em Petersburgo, depois de seu
regresso do congresso, Yaroslavsky foi mantido em detenção no “Presídio
das Cruzes” por mais meio ano, até ser sentenciado.
Foi absolvido no processo relativo à impressão do jornal “Rabotchy
(O Trabalhador)”, porém condenado pelo Tribunal Distrital Militar
a 7 anos de trabalhos forçados, no caso da organização militar
revolucionária de combate – condenação essa reduzida, em instância de cassação,
a 5 anos de trabalhos forçados.
Os primeiros dois anos de trabalhos forçados foram
prestados por Yaroslavsky, na Prisão de Escala de
Petersburgo, nas Prisões de Moscou e de Butyrsk.
A partir de 1912, prestou trabalhos forçados na Prisão
de Gorn Zerentua.
Depois disso, foi desterrado, na Província de
Yakutsk, onde permaneceu em um assentamento, até o advento da Revolução
de Fevereiro de 1917.
Em julho de 1917, regressou a Moscou, passando
a ativamente tomar parte da organização militar revolucionária bolchevique
dessa cidade. Atuou, então, como um dos dirigentes do jornal bolchevique “Social-Demokrat
(O Social-Democrata)”.
No outono de 1917, passou a redigir o jornal bolchevique “Derevenskaia
Pravda (A Verdade do Campo)”.
Yaroslavsky participou dos
trabalhos do VI Congresso da Reunificação do POSDR (Bolchevique), ocorrido
em agosto de 1917.
Durante a Revolução Proletária Socialista de
Outubro de 1917, ingressou na composição do Comitê Militar
Revolucionário (CMR) do Soviete de Moscou, tornando-se um dos
dirigentes da insurreição armada dessa cidade.
A seguir, veio a ser eleito pelos bolcheviques de Moscou
membro da Assembléia Constituinte.
Nomeado, em 1918, representante e, posteriormente, Comissário
do Distrito Militar de Moscou, passou a trabalhar
ativamente no domínio da educação política das Forças
Armadas Vermelhas.
Relativamente à questão da Paz de Brest-Litovsk,
Yaroslavsky pertenceu à fração dos “comunistas de esquerda”, encabeçada
por Nikolai Bukharin.
Em 1920, militou em Perm e, depois, em Omsk,
no Comitê da Provícia Siberiana e no Comitê do
Partido de Omsk.
Foi eleito nos VIII e IX Congressos
candidato e, nos X e XI Congressos, membro do Comitê
Central do Partido Comunista Russo (Bolchevique).
Em 1921, trabalhou como Secretário do Comitê
Central.
De outono de 1921 até o fim de 1922, atuou na Sibéria,
como membro do Comitê da Província Siberiana do PCR
(Bolchevique).
A partir de 1923, Yaroslavsky foi nomeado Secretário
do Colegiado Partidário do Comitê Central do PCR (Bolchevique).
Em 1924, aderiu, abertamente, ao stalinismo contra-revolucionário
e à burocracia soviética, passando a lutar, despudoradamente, contra a Oposição
de Esquerda de Lev D. Trotsky, sobretudo no campo histórico-ideológico.
Nessa condição, foi eleito membro do Comitê Central,
nos XII, XIII, XIV, XV e XVI Congressos do PCR (Bolchevique).
Foi também membro do Comitê Executivo Central do
PCR (Bolchevique), da Direção do Instituto Lenin e do
Colegiado de Redação do “Pravda (A Verdade), bem como dos jornais
“Bolshevik (O Bolchevique)”, “Istorik-Marxist (O Historiador Marxista)” entre
outros.
Depois de ter sido escolhido como Decano da
Sociedade de Exilados e Submetidos a Trabalhos Forçados, foi indicado,
em 1931, para o exercício do cargo de Presidente da Sociedade dos Velhos
Bolcheviques.
No XVII Congresso, Yaroslavsky foi eleito
membro do Comitê Político e, no XVIII Congresso,
novamente, membro do Comitê Central.
A partir de 1937, atuou como deputado do Soviete
Supremo da URSS.
Yaroslavsky foi um dos mais
populares publicistas e propagandistas de sua época, revelando-se, a partir de
1924, como célebre quadro do stalinismo contra-revolucionário, no
fronte ideológico de defesa da burocracia soviética.
Tendo em conta esse período deslustrado da vida de Yaroslavsky,
Trotsky atribuiu-lhe o epíteto de “historiador da corte”, destacando,
porém, o seguinte significado de seus trabalhos literários :
“Em 1926, Stalin
negou categoricamente o caráter oportunista de sua política de março de 1917 :
«Isso não é verdade, companheiros. Isso é tagarelice!»
bradou, admitindo, meramente, haver tido “certas vacilações ..., porém quem,
entre nós, não possui vacilações fugazes ?”, rematou.
Ainda quatro anos depois, Yaroslavsky, tendo mencionado, enquanto historiador, o fato de que Stalin, no início da Revolução, assumira “uma posição errada”, foi submetido a
uma furiosa perseguição, vinda de todos os lados.
Já não era mais permitido referir-se também as “vacilações
fugazes”.
O ídolo do prestígio é um monstro voraz !”
(Cf. Trotsky, Lev D. Stalin (1941), Livro II, Capítulo :
1917 God (O Ano de 1917), Benson-Vermont : Felshtinsky, 1985, p. 274.)
Nesse último contexto de sua vida, Yaroslavsky
foi responsável pela autoria de uma série de trabalhos sobre a reconstituição
ideológica da história do bolchevismo e do movimento revolucionário dos
trabalhadores da Rússia.
Por ter, então, permanencido fiel a Stalin
e à burocracia soviética no final de sua vida, foi condecorado com a Ordem
Lenin e enterrado, em 1943, na Praça Vermelha, em Moscou,
junto à Muralha do Kremlin.
ACADEMIA VERMELHA DE ARTE MILITAR
PROLETÁRIO-REVOLUCIONÁRIA MIKHAIL V. FRUNZE
ESTUDOS MILITARES SOCIALISTAS-INTERNACIONALISTAS
DEDICADOS À FORMAÇÃO
DE TRABALHADORES, SOLDADOS E MARINHEIROS MARXISTAS
REVOLUCIONÁRIOS
EDITORA
DA ESCOLA DE AGITADORES E INSTRUTORES
“UNIVERSIDADE COMUNISTA J. M. SVERDLOV”
DO PROLETARIADO E SEUS ALIADOS OPRIMIDOS
MOSCOU -
[1] Cf. YAROSLAVSKY,
EMILIAN M. Bericht über die Erfahrungen der bolschewistischen Arbeit unter
den Truppen (Relatório acerca das Experiências dos Bolcheviques entre as
Tropas), in : Protokoll des VI. Weltkongresses der Kommunistischen
Internationale (Protocolo do VI Congresso Mundial da Internacional Comunista),
Vol. IV, Hamburg : Carl Hoym, 1928, pp. 781 e s.
[2] Agrege-se, por oportuno, às palavras de Yaroslavsky que, em 1923, foram proibidos o Partido Comunista da Alemanha e as centúrias proletárias, os quais, até então, haviam operado como grupos de luta dos proletários revolucionários. Apesar da readmissão do PCA ao regime da legalidade burguesa, em 1° de março de 1924, permaneceram proibidas as centúrias proletárias. Diante disso, o PCA passou a agitar em favor da criação de uma nova formação de luta de massas que, em maio de 1924, assumiu a forma da "Roter Frontkämpferbund - RFB (Liga Vermelha dos Lutadores do Fronte)", criada nos Estados Alemães Federados da Saxônia e da Turíngea. Em 18 de julho de 1924, a Liga Vermelha dos Lutadores do Fronte (Roter Frontkämpferbund) foi, então, criada como organização de luta para-militar do Partido Comunista da Alemanha (KPD), sendo presidida por Wilhelm Pieck e Ernst Thälmann, segundo as instruções e determinações do stalinismo burocrático-internacional. Reivindicava-se como oposicionista tanto dos "Stahlhelm (Capacetes de Aço)", de orientação monárquico-burguesa, nacional-populista, quanto das "Reichsbanner (Bandeiras Vermelhas)", situadas sob a direção da Social-Democracia Alemã e o Centro, que reuniam grande número de trabalhadores alemães organizados. A intervenção da Liga Vermelha era preponderantemente de estilo militar, em cujo âmbito prevalecia a disciplina e a obediência enquanto importantes componentes de sua atuação, ainda que isso não impedisse atividades de formação de uma consciência de luta contra o militarismo burguês-imperialista. A partir de 1924, com o ascenso crescente e paulatina consolidação da burocracia stalinista contra-revolucionária no Partido Comunista da URSS e na Internacional Comunista (Komintern), a Liga Vermelha degenerou-se, rapidamente, contribuindo, a seguir, substancialmente para o processo de stalinização do Partido Comunista da Alemanha. Os grupos da Liga Vermelha encontravam-se dirigidos, em sua grande maioria, por funcionários quadros do PCA, em cuja direção encontraram-se, a partir de 1924, Ernst Thälmann e Willi Leov. A essa Liga Vermelha pertenceram, entretanto, mais de 100.000 membros. O primeiro grupo local da RFB surgiu em 31 de julho de 1924, na cidade de Halle. Também nesse ano, foi fundada a Sektion Rote Marine RFB (Seção da Marinha Vermelha da RFB), com o objetivo de arregimentar os lutadores ligados à vida marinha, nas cidades alemães portuárias. Além disso, criou-se, segundo esse critério, a Sektion Roter Sturmvogel RFB (Seção Pássaro Vermelho de Ataque da RFB). Já em 1927, a RFB contava com 110.000 lutadores combatentes. Nas fábricas alemães de então, criavam-se, por todos os lados, inúmeros grupos de trabalhadores de fábrica. O jornal da RFB chamava-se Die Rote Front (O Fronte Vermelho). Paralelamente à RFB, operava, também, sua organização de jovens, sob o nome Rote Jungfront (Fronte Vermelha da Juventude), reunindo jovens de 16 a 23 anos. A organização das mulheres da RFB chamava-se, por sua vez, Roter Frauen- und Mädchenbund (Liga Vermelha das Mulheres e Moças). No quadro do regime da República de Weimar e da Grande Depressão Norte-Americana de 1929, grande crise e enorme insatisfação campeavam pela Alemanha Imperial. No ato de 1° de Maio de 1929, iniciou-se, então, uma sangrenta confrontação entre a RFB e a Polícia do Estado Alemão que se acabou prolongando, ativamente, até o dia 3 de maio. Nesse episódio, morreram 33 lutadores, aproximadamente 200 foram feridos e 1.200 aprisionados. Em 6 de maio, o Ministro do Império Alemão, Carl Severing, impôs a proibição da RFB, em todo o território nacional. Apesar de sua proibição, a RFB continuou a atuar no país. Sob a direção stalinista traidora do Partido Comunista da Alemanha (KPD), a RFB acabou sendo gravemente debilitada, em particular após a política falida de Stalin e Thälmann de apoiar os nazistas alemães contra a Social-Democracia Alemã, no quadro do “Plebiscito Vermelho” de 21 de julho de 1931. Com a tomada do poder por Adolf Hitler, a RFB foi despedaçada, no quadro de algumas lutas de rua, desprovidas de direção proletária revolucionária conseqüente, travadas contra as SA nazistas. Os nazistas eliminaram, subseqüentemente, mediante rigorosa perseguição, a continuidade de sua subsistência na ilegalidade, conduzida na base de células que constituíam unidades de um planejado futuro Exército Vermelho, articulado à maneira burocrática-stalinista. Trabalhadores alemães, membros da RFB, que, a seguir, emigraram para a União Soviética, fundaram, nesse último país, diversas células da Liga Vermelha. Alguns destes foram, a seguir, deslocados por Stalin para combaterem na Guerra Civil Espanhola, a serviço da Frente Popular. Muitos membros da RFB atuaram, porém, na resistência proletária à dominação nazista, sendo encarcerados, torturados e, finalmente, executados. Sobre o tema, vide TROTSKY, LEV DAVIDOVITCH., Against National Communism. Lessons of the “Red” Referendum (Contra o Comunismo Nacionalista. Lições do Referendo “Vermelho”)(25 de Agosto de 1931), in: Bulletin of the Opposition, Nr. 24, Setembro de 1931; SCHUSTER, KARL. Der rote Frontkämpferbund 1924-1929. Beiträge zur Geschichte und Organisationsstruktur eines politischen Kampfbundes (A Liga Vermelha dos Lutadores do Fronte de 1924-1929. Contribuições à História e à Estrutura Organizativa de uma Liga Política de Luta), Düsseldorf, 1975, pp. 7 e s.; WEBER, HERMANN. Die Wandlung des deutschen Kommunismus. Die Stalinisierung der KPD in der Weimarer Republik (A Transformação do Comunismo Alemão. A Stalinização do Partido Comunista da Alemanha na República de Weimar), em 2 Volumes, Frankfurt a.M., 1968, pp. 13 e s.; FINKER, KURT. Geschichte des Roten Frontkämpferbundes (História da Liga Vermelha dos Lutadores do Fronte), Berlim, 1981, pp. 5 e s.