MARXISMO REVOLUCIONÁRIO, TROTSKYSMO
E QUESTÕES ATUAIS DA REVOLUÇÃO SOCIALISTA
INTERNACIONALISTA
TEXTOS DE GRAMSCI, LUKÁCS E KORSCH –
SOLERTES PROPUGNADORES DO IDEALISMO SUBJETIVISTA -,
EM SUA LUTA SEM TRÉGUAS A FAVOR DO
REVISIONISMO METAFÍSICO-VOLUNTARISTA DO MATERIALISMO HISTÓRICO-DIALÉTICO
DE MARX, ENGELS, LENIN, SVERDLOV E
TROTSKY :
EDIÇÃO SIMULTÂNEA ELABORADA VERBATIM DE LÍNGUAS ALIENÍGENAS PARA O
PORTUGUÊS,
ESPECIALMENTE DIRIGIDA CONTRA O
GRAMISCISMO APÓSTATA NOS PARTIDOS MARXISTAS, SINDICATOS OPERÁRIOS
E MOVIMENTOS REVOLUCIONÁRIOS URBI ET ORBI
IDEALISMO – POSITIVISMO E OBJETIVIDADE DO
CONHECIMENTO :
Como Deverá ser Concebido um “Monismo”
Nessas Condições ?
Nem o Monismo Materialista Nem Aquele
Idealista,
Nem « Matéria » Nem « Espírito », Mas «
Materialismo Histórico »,
i.e. a Atividade do Homem (História) em
Concreto
ANTONIO GRAMSCI[1]
Concepção e Organização Portau Schmidt von
Köln
Compilação e Tradução Asturig Emil von
München
Março de 2006 emilvonmuenchen@web.de
Voltar ao Índice Geral http://www.scientific-socialism.de/GramsciLukacsKorschIdealismoSubjetivistaCapa.htm
“Para mim, inversamente, o ideal nada é senão o material,
transposto e traduzido na cabeça do ser humano.”
KARL MARX[2]
“Esse meu escrito defende
aquilo que chamamos de “materialismo
histórico”
e a palavra materialismo soa, aos ouvidos da maioria esmagadora dos
leitores britânicos,
como um tom estridentemente
dissonante.
“Agnosticismo” ainda
excitaria, porém materialismo é
puramente impossível.
E, no entanto, a pátria
originária de todo o materialismo
moderno do século XVII em diante
não é nenhum outro lugar
senão a própria Inglaterra.
O materialismo é o filho congênito da Grã-Bretanha.
Já o seu escolástico, Dun Scotus, perguntava a si mesmo se “a matéria não podia pensar” ...”
FRIEDRICH ENGELS[3]
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Gramsci : Idealismo-positivismo [« Obbietività » della conoscenza] ... Per la quistione della «
obbietività » della conoscenza secondo il materialismo storico, il punto di
partenza deve essere l’affermazione di Marx (nell’introduzione alla Critica
dell’economia politica, brano famoso sul materialismo storico) che « gli uomini
diventano consapevoli (di questo conflitto) nel terreno ideologico » delle
forme giuridiche, politiche, religiose, artistiche o filosofiche.
No vernáculo :
Idealismo-Positivismo [« Objetividade » do Conhecimento] ... Para a questão da “objetividade” do conhecimento
segundo o materialismo histórico, o ponto de partida deve ser a afirmação
de Marx (na introdução à Crítica da Economia Política < EvM.: de autoria de Karl Marx >, excerto famoso sobre o materialismo
histórico) que “os homens tornam-se conscientes (desse conflito) no terreno
ideológico » das formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou
filosóficas.[4]
Ma questa consapevolezza è solo
limitata al conflitto tra le forze materiali di produzione e i rapporti di
produzione – come materialmente dice il testo marxista – o si riferisce a ogni
consapevolezza, cioè a ogni cononscenza ?
Porém, tal
entendimento é limitado ao conflito entre as forças materiais de produção e
as relações de produção – como materialmente diz o texto marxista – ou se refere a todo e qualquer entendimento,
i.e. a todo conhecimento ?
Questo è il problema : che può essere
risolto con tutto l’insieme della dottrina filosofica del valore delle superstrutture
ideologiche. Come dovrà essere concepito un « monismo » in queste condizioni ?
Esse é o problema : que pode ser
resolvido com todo o conjunto da doutrina
filosófica do valor das superestruturas ideológicas. Como deverá ser concebido um “monismo” nessas condições ?
Né il monismo materialista né quello
idealista, né « Materia » né « Spirito » evidentemente, ma « materialismo
storico », cioè attività dell’uomo (storia) in concreto, cioè applicata a una
certa « materia » organizzata (forze materiali di produzione), alla « natura »
trasformata dall’uomo.
Nem o monismo materialista nem aquele idealista, nem « Matéria »
nem « Espírito », mas « materialismo
histórico », i.e. atividade do homem (história) em concreto, i.e. aplicada
a uma certa « matéria » organizada (forças materiais de produção), à « natureza
, tranformada pelo homem.
Filosofia dell’atto (praxis), ma non
dell’ « atto puro », bensí proprio dell’atto « impuro », cioè reale nel senso
profano della parola.
Filosofia do ato (práxis), mas não do « ato puro », senão propriamente do ato “impuro”, i.e. real, no
sentido mais profano da palavra.
EDITORA DA ESCOLA DE AGITADORES E
INSTRUTORES
“UNIVERSIDADE COMUNISTA
REVOLUCIONÁRIA J. M. SVERDLOV”
PARA A FORMAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E
DIREÇÃO MARXISTA-REVOLUCIONÁRIA
DO PROLETARIADO E SEUS ALIADOS
OPRIMIDOS
MOSCOU - SÃO PAULO - MUNIQUE –
PARIS
[1] Cf. GRAMSCI, ANTONIO. Quaderni del Carcere, Nr. 4 (1930-1932) – Idealismo-Positivismo [« Obbiettività della Conoscenza »] (Idealismo Positivismo [“Objetividade do Conhecimento”)], Vol. 1, ed. V. Gerratana, Torino : Einaudi Editore, 1975, pp. 454 e s.
[2] Cf. MARX, KARL HEINRICH. Nachwort zur zweiten Auflage des “Das Kapital” (Posfácio à Segunda Edição de “O Capital”)(24 de Janeiro de 1873), in : Marx & Engels Werke (Obras de Marx e Engels), Berlim : Dietz, Vol. 23, pp. 27 e s.
[3] Cf. FRIEDRICH, ENGELS. Einleitung zur englischen Ausgabe der „Entwicklung des Sozialismus von der Utopie zur Wissenschaft“ (Introdução à Edição Inglesa de „O Desenvolvimento do Socialismo da Utopia à Ciência“)(1892), in : ibidem, Vol. 22, p. 292.
[4] Evidentemente, Gramsci refere-se aqui a conhecida passagem do Prefácio
à Crítica da Economia Política de Karl Marx: “Com a modificação do
fundamento econômico, revoluciona-se, toda a monstruosa superestrutra, de modo
mais lento ou mais rápido. Na contemplação dessas revoluções, deve-se sempre
diferenciar entre a revolução material nas condições econômicas de produção, a
ser constatada fielmente segundo as ciências naturais, e as formas jurídicas,
políticas, religiosas, artísticas ou filosóficas, em suma, formas ideológicas,
com as quais os homens tornam-se conscientes desse conflito e o combatem. Tão
pouco se julga aquilo que um indivíduo é segundo o que ele próprio pensa acerca
de si mesmo como não se pode julgar uma tal época de revolução a partir de sua
própria consciência, sendo que, pelo contrário, deve-se, muito mais, esclarecer
tal consciência a partir das contradições da vida material, a partir do
conflito existente entre forças produtivas sociais e relações sociais de
produção.” Vide MARX, KARL. Vorwort
zur Kritik der Politischen Ökonomie (Prefácio à Crítica da Economia
Política)(Agosto de 1858 – Janeiro de 1859), in : ibidem, Vol. 13, pp. 7 e s. O
presente texto tem como base a primeira edição de 1859, melhorada e completada
através das incorporações das correções e glosas manuscritas do exemplar manual
de Marx,
cuja fotocópia encontrava-se no Arquivo do Instituto de Marxismo-Leninismo
do Comitê Central do PC-URSS, em Moscou. Esse texto foi igualmente
examinado por Engels na reprodução de excertos de textos da “Crítica
da Economia Política” para o terceiro volume de “O Capital”.