MARXISMO REVOLUCIONÁRIO, TROTSKYSMO,
E QUESTÕES ATUAIS DA REVOLUÇÃO
SOCIALISTA INTERNACIONALISTA
TEXTOS DE GRAMSCI - FIEL APOLOGISTA DE
STALIN E ENGENHOSO ESCUDEIRO DO CONCILIACIONISMO DE CLASSES -,
EM SUA LUTA SEM QUARTEL CONTRA TROTSKY E
A REVOLUÇÃO PERMANENTE :
EDIÇÃO SIMULTÂNEA ELABORADA VERBATIM DO ITALIANO PARA O PORTUGUÊS,
ESPECIALMENTE DIRIGIDA CONTRA O
GRAMISCISMO CATEDRÁTICO DAS UNIVERSIDADES BURGUESAS LUSITANAE LINGUAE
Internacionalismo e Política Nacional :
No Conceito de Hegemonia Enfeixam-se as
Exigências de Caráter Nacional -
A Teoria da Revolução Permanente é uma
Previsão Genérica,
Apresentada como Dogma e que se Destrói
por si Mesma
ANTONIO GRAMSCI[1]
Concepção e Organização Portau Schmidt von
Köln
Compilação e Tradução Asturig Emil von
München
Março de 2004 emilvonmuenchen@web.de
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[Internazionalismo e Politica Nazionale.] … Il concetto di egemonia è quello in cui
si annodano le esigenze di carattere nazionale e si capisce come certe tendenze
di tale concetto non parlino o solo lo sfiorino.
O conceito de
hegemonia é aquele no qual se enfeixam as exigências de caráter nacional e se
compreende o modo segundo o qual certas tendências de tal conceito não falam ou
apenas o desfloram.
Una classe di carattere internazionale in quanto guida strati sociali
strettamente nazionali (intellettuali) e anzi spesso meno ancora che nazionali,
particolaristi e municipalisti (i contadini), deve « nazionalizzarsi », in un
certo senso, e questo senso non è d’altronde molto stretto, perché prima che si
formino le condizioni di una economia secondo un piano mondiale, è necessario
attraversare fasi molteplici in cui le combinazione regionali (di gruppi di
nazioni) possono essere varie.
Uma classe de
caráter internacional, enquanto dirige estratos sociais estreitamente nacionais
(intelectuais) e, freqüentemente, até menos ainda do que nacionais,
particularistas e municipalistas (os camponeses), deve “nacionalizar-se”, em um
certo sentido, e esse sentido não é, entretanto, mais estreito porque, antes de
que se formem as condições de uma economia segundo um plano mundial, é
necessário atravessar múltiplas fases, nas quais as combinações regionais (de
grupos de nações) possam ser variadas.
D’altronde non bisogna mai dimenticare che lo sviluppo storico segue le
leggi della necessità fino a quando l’iniziativa non sia nettamente passata
dalla parte delle forze che tendono alla construzione secondo un piano, di
pacifica e solidale divisione del lavoro.
Contudo, não se
deve jamais esquecer que o desenvolvimento histórico segue as leis da
necessidade até que a iniciativa não tenha claramente passado da parte das
forças que tensionam à construção segundo um plano de divisão pacífica e
solidária do trabalho.
Che i concetti non nazionali (cioè non riferibili a ogni singolo paese)
siano sbagliati si vede per assurdo : essi hanno portato alla passività e
all’inerzia in due fasi ben distinte : 1) nella prima fase, nessuno credeva di
dover incominciare, cioè riteneva che incominciando si sarebbe trovato isolato;
nell’attesa che tutti insieme si muovessero, nessuno intanto si muoveva e
organizzava il movimento; 2) la seconda fase è forse peggiore perché si aspetta
una forma di « napoleonismo » anacronistico e antinaturale (poiché non tutte le
fasi storiche si ripetono nella stessa forma).
Que os conceitos
não nacionais (i.e. não referíveis a nenhum país singular) sejam errôneos vê-se
pelo seguinte absurdo : eles conduziram à passividade e à inércia, em duas
fases bem distintas : 1) na primeira fase, ninguém acreditava ter de começar,
i.e. considerava que começando encontrar-se-ia isolado; 2) a segunda fase é
talvez pior, porque se espera uma forma de “napoleonismo” anacrônico e
anti-natural (posto que nem todas as fases históricas se repetem da mesma
forma).
Le debolezze teoriche di questa forma moderna del vecchio meccanismo sono
mascherate dalla teoria generale della revoluzione permanente che non è altro
che una previsione generica presentata come dogma e che si distrugge da sé, per
il fatto che non si manifesta effettualmente.
As fraquezas
teóricas dessa forma moderna do velho mecanicismo encontram-se mascaradas pela teoria geral da revolução permanente que
outra coisa não é senão uma previsão genérica, apresentada como dogma e que se
destrói por si mesma pelo fato de que não se manifesta efetivamente.[2]
EDITORA DA ESCOLA DE AGITADORES E
INSTRUTORES
“UNIVERSIDADE COMUNISTA
REVOLUCIONÁRIA J. M. SVERDLOV”
PARA A FORMAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E
DIREÇÃO MARXISTA-REVOLUCIONÁRIA
DO PROLETARIADO E SEUS ALIADOS
OPRIMIDOS
MOSCOU - SÃO PAULO - MUNIQUE –
PARIS
[1] Cf. GRAMSCI, ANTONIO. Quaderni del Carcere, Nr. 14 (1932-1935) –
Internazionalismo e Politica Nazionale (Internacionalismo e Política Nacional),
in : Antonio Gramsci. Note sul Machiavelli sulla Politica e sullo Stato
Moderno, Torino : Editori Riuniti, 1991, pp. 144 e 145; IDEM. Quaderni del Carcere, Nr. 14 (1931-1935) – Machiavelli, in:
Antonio Gramsci. Quaderni del Carcere (Cadernos do Cárcere), Vol. 3, ed. V.
Gerratana, Torino : Einaudi Editore, 1975, p. 1.729.
[2] Sobre a concepção de Revolução Permanente de Trotsky,
voltada especialmente a combater todas as inúmeras variantes de socialismo nacionalista,
bem como as mais sutis e diáfanas táticas de colaboração de classes e
frente-populismo, vide TROTSKY, LÉON
DAVIDOVITCH BRONSTEIN. Permanentnaia Revoliutsia (Revolução Permanente), Berlim : Lievaia Opozitsia (Oposição
de Esquerda), 1930, pp. 3 e s.