MARXISMO REVOLUCIONÁRIO, TROTSKYSMO,

 E QUESTÕES ATUAIS DA REVOLUÇÃO SOCIALISTA INTERNACIONALISTA

 

TEXTOS DE GRAMSCI - FIEL APOLOGISTA DE STALIN E ENGENHOSO ESCUDEIRO DO CONCILIACIONISMO DE CLASSES -,

EM SUA LUTA SEM QUARTEL CONTRA TROTSKY E A REVOLUÇÃO PERMANENTE :

EDIÇÃO SIMULTÂNEA ELABORADA VERBATIM DO ITALIANO PARA O PORTUGUÊS,

ESPECIALMENTE DIRIGIDA CONTRA O GRAMISCISMO CATEDRÁTICO DAS UNIVERSIDADES BURGUESAS LUSITANAE LINGUAE  

 

Racionalização da Produção e do Trabalho :

Porque a Tendência de Trotsky Desembocaria Necessariamente

Em Bonapartismo Foi Necessário Destroncá-la Inexoravelmente

 

ANTONIO GRAMSCI[1]

Concepção e Organização Portau Schmidt von Köln

Compilação e Tradução Asturig Emil von München

Março de 2004 emilvonmuenchen@web.de

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[Razionalizzazione della Produzione e del Lavoro.] La tendenza di Leone Davidovi era strettamente connessa a questa serie di problemi, ciò che non mi pare sia stato messo bene in luce. 

 

[Racionalização da Produção e do Trabalho.] A tendência de Leone Davidovi (i.e. Trotsky) estava estreitamente conectada com essa série de problemas, o que não me parece tenha sido bem colocado à luz.

 

Il suo contenuto essenziale, da questo punto di vista, consisteva nella « troppo » risoluta (quindi non razionalizzata) volontà di dare supremazia, nella vita nazionale, all’industria e ai metodi industriali, di accelerare, con mezzi coercitivi esteriori, la disciplina e l’ordine nella produzione, di adeguare i costumi alle necessità del lavoro.

 

O seu conteúdo essencial, partindo desse ponto de vista, consistia na vontade « demasiadamente » resoluta (portanto não racionalizada) de dar supremacia, na vida nacional, à indústria e aos métodos industriais, de acelerar, com meios coercitivos exteriores, a disciplina e a ordem na produção, de adequar os costumes às necessidades do trabalho.

 

Data l’impostazione generale di tutti i problemi connessi alla tendenza, questa doveva sboccare necessariamente in una forma di bonapartismo, quindi la necessità inesorabile di stroncarla.

 

Dada a colocação geral de todos os problemas conectados à tendência, esta devia desembocar necessariamente em uma forma de bonapartismo, daí a necessidade inexorável de destroncá-la.

 

Le sue preoccupazioni erano giuste, ma le soluzioni pratiche erano profundamente errate : in questo squilibrio tra teoria e pratica era insito il pericolo, che del resto si era già manifestato precedentemente, nel 1921.

 

As suas preocupações eram justas, mas suas soluções práticas eram profundamente erradas : nesse desequilíbrio entre  teoria e prática estava ínsito o perigo que, de resto, já se havia manifestado precedentemente, em 1921.

 

Il principio della coercizione, diretta e indiretta, nell’ordinamento della produzione e del lavoro è giusto (cfr. il discorso pronunziato contro Martov e riportato nel volume Terrorismo) ma la forma che esso aveva assunto era errata : il modello militare era diventato un pregiudizio funesto e gli eserciti del lavoro fallirono

 

O princípio da coerção, direta e indireta, no ordenamento da produção e do trabalho é justo (cf. o discurso pronunciado contra Martov e relatado no volume Terrorismo), porém a forma que esse princípio havia assumido era errada : o modelo militar havia-se tornado um preconceito funesto e os exércitos de trabalho faliram[2].  

 

 

EDITORA DA ESCOLA DE AGITADORES E INSTRUTORES

“UNIVERSIDADE COMUNISTA REVOLUCIONÁRIA J. M. SVERDLOV”

PARA A FORMAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E DIREÇÃO MARXISTA-REVOLUCIONÁRIA

DO PROLETARIADO E SEUS ALIADOS OPRIMIDOS

MOSCOU - SÃO PAULO - MUNIQUE – PARIS

 

 

 

 

 

 

 



[1] Cf. GRAMSCI, ANTONIO. Quaderni del Carcere, Nr. 22 (Cadernos do Cárcere, Nr. 22)(1934) – Razionalizzazione della Produzione e del Lavoro (Racionalização da Produção e do Trabalho), in : Antonio Gramsci. Note sul Machiavelli sulla Politica e sullo Stato Moderno, Torino : Editori Riuniti, 1991, p. 462.; IDEM. Quaderni del Carcere, Nr. 22 (Cadernos do Cárcere, Nr. 22)(1934) – Razionalizzazione della Produzione e del Lavoro (Racionalização da Produção e do Trabalho), in : Antonio Gramsci. Quaderni del Carcere (Cadernos do Cárcere), Vol. 3, ed. V. Gerratana, Torino : Einaudi Editore, 1975, p. 2.164.

[2] Gramsci refere-se, aqui, de modo inteiramente embusteiro – como se seus argumentos pudessem justificar para o stalinismo a “necessidade inexorável de destroncar”, após a morte de Lenin, a tendência de Trotsky, a qual, segundo Gramsci, “devia desembocar necessariamente em uma forma de bonapartismo” – à seguinte obra de TROTSKY, LÉON DAVIDOVITCH BRONSTEIN. Terrorizm i Kommunism (Terrorismo e Comunismo) especialmente Cap. 8 : Voprocy Organizatsii Truda (Questões de Organização do Trabalho), 1920, Leningrad : Gosud. Izd-vo, pp. 3 e s. Precisamente o capítulo 8 da obra de Trotsky em realce reproduz seu discurso, pronunciado no III Congresso dos Sindicatos da Rússia, em que Trotsky, defendendo a militarização do trabalho, naquelas condições histórico-políticas específicas, polemiza não contra o menchevique Martov, senão contra menchevique Abramovitch.