MARXISMO REVOLUCIONÁRIO, TROTSKYSMO
E QUESTÕES
HISTÓRICAS DA LUTA DE CLASSES
TEXTOS E DESCRIÇÕES DE
CÉLEBRES REVOLUCIONÁRIOS FRANCESES
SOBRE A SOCIEDADE, O
ESTADO E A LUTA DE CLASSES, TRAVADA NO QUADRO DA REVOLUÇÃO FRANCESA:
EDIÇÃO SIMULTÂNEA ELABORADA
VERBATIM DE LÍNGUAS ALIENÍGENAS PARA
O PORTUGUÊS
Soemos o Alarme!
JEAN-PAUL MARAT[1]
Concepção e
Organização Portau Schmidt von Köln
Compilação e
Tradução Asturig Emil von München
Fevereiro de 2009 emilvonmuenchen@web.de
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Geral: http://www.scientific-socialism.de/LutadeClassesFrancesaCapa.htm
Mais tarde, quando li o livro de Alfred Bougeart sobre Marat, achei que havíamos imitado,
inconscientemente, em mais de um contexto,
o grande exemplo paradigmático do autêntico
"Ami du peuple (Amigo do Povo)" –
i.e. não daquele falsificado
pelos adeptos do monarquismo.
E que todo o grito de cólera, toda a
falsificação da história, em virtude da qual se conheceu,
quase ao longo de um século, apenas o Marat inteiramente deformado, possuía
tão somente como causa o fato de que Marat subtraiu,
impiedosamente, o véu dos ídolos do
momento, La Fayette, Bailly e outros,
desmascarando-os como já acabados traidores
da revolução,
exigindo que a Revolução fosse declarada
não como encerrada, mas sim como permanente.
Cf. ENGELS, FRIEDRICH. Marx und die “Neue Rheinische Zeitung 1848-49
(Marx e a “Nova
Gazeta Renana, em 1848 e 1849) (Início de Março de 1884),
In : Marx und
Engels Werk (Obra de Marx e Engels), Berlim: Dietz, Vol. 21, 1961, p. 21.
Cidadãos cegos! Esses dias
desastrosos que, desde quinze (15) meses, não cessei de vos anunciar,
chegaram, enfim, e vós tocais, agora, o momento da vossa derrota.
Todos
os malfeitores contra-revolucionários das fronteiras de Paris
desapareceram. Escondem-se para melhor se lançar sobre vós. Mil e
duzentos (1.200) soldados da Polícia Montada entraram
em armadas em Paris. Estão-se escondendo nos hotéis dos
antigos aristocratas, conjurados contra vós, esperando o momento de juntarem-se
à Guarda Montada, aos malfeitores contra-revolucionários das
fronteiras, ao batalhão do General das Guardas Mercenárias Francesas Pierre
Augustin Hulin, aos canhoneiros mercenários, aos
regimentos dos portões de Paris e às legiões de saqueadores, reunidos na
capital, com o objetivo de estrangular todos os amigos da Pátria.
Os aristocratas, os
ministeriais, o Estado-Maior, os secretários municipais, o Prefeito e
o General, anti-revolucionários, fazem rebentar os
meios de seu júbilo insolente.
O dia da carnificina está
fixado. Acaba de ser denunciado no Clube dos Jacobinos pelos
patriotas da Assembléia Nacional.
Crédulos cidadãos!
Haveis de ver, por fim, a cor dos rios de sangue, em prova do amor paterno ao
Rei e ao patriotismo de sua mulher, de seus ministros
e municipais, da Assembléia Nacional e do General. Mais algumas
dias, e esse será o vosso destino, se não recorrerdes, imediatamente, às
armas.
O traidor Marie-Joseph
Motier, Marquis de La Fayette, e seus vizires devem arrancar-vos, à
força, a família real: correi ao Castelo das Tulherias, assegurai-vos de todos
os becos, patrulhai continuamente as ruas.
Todos os vossos batalhões
devem-se reunir.
Desamermos, sem mais tardar,
toda a cavalaria, as divisões mercenárias, os regimentos dos
portões da cidade, o batalhão do General Hulin.
Vasculhemos todos os hotéis,
do porão ao sótão, ali onde se escondem os bandidos, com armas.
Metamos na cadeia o General
contra-revolucionário, o Estado-Maior, todos os oficiais
suspeitos dos batalhões e das tropas da Guarda Nacional do
centro de Paris.
Nas Igrejas,
coloquemos guardas reforçadas de cidadãos armados com picaretas e
fuzis, a fim de soarmos o sinal de alarme, impedindo que cortem
as cordas dos sinos.
Apoderemo-nos dos membros
do Comitê de Investigação e de outros traidores da Assembléia
Nacional.
Que todos os conspiradores
sejam imolados em benefício da Salvação Pública.
Cidadãos cegos! Sereis sempre
insensatos? Não abrireis jamais os olhos? Há dez meses, quinhentas (500)
cabeças abatidas teriam assegurado o vosso bem-estar.
Para vos impedir de
perecer, sereis, talvez, forçados de cortar, agora, cem (100) mil cabeças,
depois que haveis visto serem massacrados vossos irmãos, vossas mulheres e
filhos.
EDITORA DA ESCOLA DE AGITADORES E
INSTRUTORES
“UNIVERSIDADE COMUNISTA
REVOLUCIONÁRIA J. M. SVERDLOV”
PARA A FORMAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E
DIREÇÃO MARXISTA-REVOLUCIONÁRIA
DO PROLETARIADO E SEUS ALIADOS
OPRIMIDOS
MOSCOU - SÃO PAULO - MUNIQUE –
PARIS