FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E CIENTÍFICOS

DO MATERIALISMO HISTÓRICO-DIALÉTICO

 

MARX E ENGELS EM SUA LUTA CONTRA O ÓPIO RELIGIOSO EM TODAS AS SUAS VERTENTES POLITEÍSTAS,

TEÍSTAS, DEÍSTAS, PANTEÍSTAS, ANIMISTAS, ESPIRITISTAS ET CATERVA

 

Entre Materialismo e Idealismo :

O Ateísmo Expressa Apenas uma Pura Negação da Religião,

Por Isso Ele Mesmo Ainda É Uma Religião

      

FRIEDRICH ENGELS[1]

Concepção e Organização, Compilação e Tradução

Asturig Emil von München

Abril 2005

emilvonmuenchen@web.de

 

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http://www.scientific-socialism.de/MarxEngelsReligCapa.htm

 

 

 

 

(...) Sacrifiquei-me, ao examinar alguns cadernos da revista “Die Neue Welt” (EvM.: O Novo Mundo).

Foi tão mortalmente tedioso que não durou muito.

No que respeita ao Senhor Bruno Geiser, cumpre assinalar que sua “ciência” não pode ser atacada, naquela sede.[2]

 

 

Quem se desvanece em uma semelhante revista de ninharia, falando da ciência, já está comprovando que, de fato, nada aprendeu.

Mesmo que o Senhor Geiser não tenha feito imprimir, constantemente, cholera-baccillus, em vez de bacillus, como se a palavra descendesse de bacca (EvM.: gérmen) e não de baculus (EvM.: báculo).    

Ademais, isso consta em todo e qualquer dicionário de latim.

 

A frase feita de que o materialismo, tal como o idealismo, são ambos unilaterais, devendo, pois, serem agrupados em uma unidade superior, é muito vetusta e não lhe deveria provocar aflições.

E o modo de dizer de que o ateísmo expressa tão somente uma negação, nós mesmos já afirmamos, há 40 anos, dirigindo-nos contra os filósofos, acrescentando apenas que o ateísmo, enquanto pura negação da religião, referindo-se, permanentemente, à religião, nada é sem ela mesma e, por isso, ele mesmo ainda é uma religião.[3]

 

 

A ciência restante é caracterizada em um artigo do Senhor Wihelm Blos acerca dos Deuses gregos e alemães, a respeito do que as seguintes grandes gafas me chamam a atenção[4] :

 

1.    As “Epistolae obscurorum virorum” (EvM.: Cartas de Homens Pouco Conhecidos) devem ser de Reuchlin. Surgiram em suas cercanias, porém toma muito menos parte nisso do que U. v. Hutten.         

 

2.    Os Deuses gregos “banqueteiam néctar e bebem ambrósia”.

 

3.    “Met”, pseudônimo de Meth, é esclarecido entre parênteses com a palavra “cerveja”, ao passo que toda criança sabe que é feita até os dias de hoje não com malte, mas sim com mel.

 

4.    O Senhor Blos nem sequer conhece os nomes dos Deuses alemães. Fornece ora nomes nórdico-clássicos ora nomes alemães. Ao lado da denominação nórdico-clássica Odin, cujas designações alemãs (saxônico-clássico Wodan, alemão clássico-antigo Wuotan) ele ignora, surge a forma do alemão clássico-antigo Ziu. Odin deve ter também uma mulher, Freia, mas que se chama, em nórdico-clássico, Frigg, e em alemão clássico-antigo Fricka, o que até mesmo Richard Wagner saberia melhor dizer.

 

Eis aí uma curta e superficial leitura dessas flores, realizada em 10 minutos!

Mesmo o menor cãozinho não fica com medo da ciência!

Mas, deixemos que se jactem como um pavão, em sua revista de bagatela.

Olhando-se por detrás do rabo do pavão, descobrir-se-á apenas o lugar de onde saem os excrementos!

 

 

EDITORA DA ESCOLA DE AGITADORES E INSTRUTORES

“UNIVERSIDADE COMUNISTA REVOLUCIONÁRIA J. M. SVERDLOV”

PARA A FORMAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E DIREÇÃO MARXISTA-REVOLUCIONÁRIA

DO PROLETARIADO E SEUS ALIADOS OPRIMIDOS

MOSCOU - SÃO PAULO - MUNIQUE – PARIS

 

 

 

 

 

 

 

 



[1] Cf. ENGELS, FRIEDRICH. Brief an Eduard Bernstein (Carta a E. Bernstein)(Julho 1884), in: ibidem, Vol. 36, Berlim : Dietz, 1967, pp. 186 e s.  

[2] Anotação de Emil Asturig von München: É bem de anotar que Engels se refere aqui a GEISER, BRUNO.  Das Innere der Erde (O Interior da Terra), in : Die Neu Welt (O Novo Mundo), Nrs. 14 e 15, 1884.

[3] Nesse passo, Engels remete, inequivocamente, à leitura de sua obra, redigida em conjunto com Karl Marx, MARX, KARL & ENGELS, FRIEDRICH. Die heilige Familie oder Kritik der kritischen Kritik gegen Bruno Bauer und Konsorten (A Sagrada Família ou Crítica da Crítica Crítica contra Bruno Bauer e Consortes)(Setembro – Novembro de 1844), Kapitel 6.  Die absolute kritische Kritik oder die kritische Kritik als Herr Bruno von Karl Marx (Capítulo 6. A Crítica Crítica Absoluta ou a Crítica Crítica Enquanto Sr. Bruno, Redigido por Karl Marx), 3. Dritter Feldzug der absoluten Kritik (Terceira Campanha da Crítica Absoluta), B) Die Judenfrage Nr. III (A Questão Judía Nr. III), pp. 116 e s. Vide minha tradução em http://www.scientific-socialism.de/MarxEngelsReligCAP2.htm

[4] Vide, mais detalhadamente, BLOS, WILHELM. Die Götter in der Dichtung (Os Deuses na Poesia), in: Die Neue Welt (O Novo Mundo), Stuttgart, Nr. 10, 1884.