II.C.
COMO ATUALIZAR E RENOVAR DOUTRINARIAMENTE
O STALINISMO DO PARTIDO COMUNISTA FRANCÊS
(PCF)
DE THOREZ E POLITZER ?
Texto de Autoria de
Portau Schmidt von Köln
Emil Asturig von
München
A Enfermidade
Gramsciana
no Movimento Trotskysta
Contemporâneo
e nas Lutas
de Emancipação do Proletariado
Polêmica
Trotsky e Gramsci : Gramsci e Trotsky
O SU-QI e a Corrente
Franco-Gramsciana
de Atualização,
Correção
e Superação do Marxismo
(O Meta-Marxismo de
Actuel Marx)
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Já a partir dos
primeiros anos da década de 60 do século XX, Jacques Texier, trabalhando
teoricamente na órbita gravitacional da atmosfera intelectual do Partido
Comunista Francês (PCF), de linhagem ortodoxamente
burocrático-stalinista, considerava que a realidade política de sua época não
se encontrava efetivamente atualizada sob o prisma de uma pespectiva que
julgava ser legitimamente marxista, razão pela qual tal insuficiência
atualizadora tornava insuperável a crise do movimento de libertação das massas
oprimidas de seu tempo.
Com efeito, muitos
ativistas de esquerda e intelectuais das academias francesas dessa época,
interessados em uma remodulação da doutrina marxista, tal como o próprio Texier,
pensavam poder encontrar uma referência teórico-ideológica e
político-prática de caráter historicamente decisivo e estrategicamente significativo
tão somente no PCF, a despeito desse último encontrar-se encabeçado, à época,
pela direção fielmente dogmático-burocrática do mais profundo stalinismo
francês, i.e. a corrente de Maurice Thorez e Georges Politzer.[1]
Recorde-se,
exemplificativamente, que, já em 1959, até mesmo Alain Krivine decidira-se
por ingressar na Jeunesse Communiste do PCF, sendo que apenas, posterior e gradativamente,
veio a converter-se em um dos líderes da oposição à linha stalinista do PCF no
quadro de sua organização estudantil. Em 1965, Krivine seria expulso das
fileiras do PCF, para, então, entre os anos de 1965 e 1968, assumir a
iniciativa de fundar a Jeunesse Communiste Révolutionnaire, tendo-se
mantido essa organização, a esse tempo, em uma perpectiva notoriamente
guevarista ultra-esquerdista.[2]
De toda sorte, no
início dos anos 60, acreditava-se que gravitando em torno do fundamento
supostamente marxista do PCF de Thorez e Politzer seria
possível incidir sobre um partido ascendente e decisivo no contexto mundial da
época, levando-se adiante anseios de renovação e atualização teórico-política
do marxismo, estruturando-se novas forças no interior do próprio PCF, com
vistas a transformar essencialmente sua orientação teórico-ideológica e
político-prática.
Com efeito, Jean-Paul
Sartre, um dos filósofos franceses mais prestigiados dessa época e
umbilicalmente ligado ao PCF, havia declarado, em seu estudo
preparatório à “Crítica da Razão Dialética”, de 1960, que o marxismo seria a
filosofia insuperável de seu tempo, rejeitando, resolutamente, as dúvidas e as
interrogações especulativas que um outro célebre pensador da filosofia francesa
de então, Maurice Merleau Ponty, havia lançado contra a doutrina de Marx
e Engels.[3]
Nesse mesmo
contexto de anseios de renovação do pensamento marxista na França, Maurice
Godelier e Emmanuel Terray iniciavam a empreender trabalhos teóricos no
campo da etnologia, Roger Establet e Christian Baudelot dedicavam-se à
sociologia das escolas e das classes sociais, sendo que Nicos Poulantzas
empenhava-se em produzir, intelectual e reflexivamente, no domínio da teoria
política.
Na alvorada
daqueles anos 60, destacou-se, então, na França, Louis Althusser, por
realizar esforços destinados a renovar teoricamente o marxismo, no quadro do PCF
de Thorez e Politzer.[4]
Com efeito, Althusser
almejou elaborar uma interpretação teórica da obra de Karl
Marx capaz de integrar os trabalhos especulativos mais significativos
da época acerca da mais recente teoria do conhecimento e da história filosófica
das ciências de Georges Canguilhem e Gaston Bachelard, sobre a crítica da
razão ocidental e de suas instituições de Michel Foucault, sobre a
antropologia estrutural de Claude Lévy-Strauss, sobre a
psicanálise de Jacques Lacan.[5]
No âmbito do mais
pleno ecletismo reformulador do marxismo, denominado, a título científico, de “marxismo-estruturalista”,
Althusser
entendeu ser, com efeito, legítima a preservação e utilização do termo
materialismo dialético, cunhado por Engels e confirmado por Lenin,
para as atividades intelectuais de renovação do marxismo na França.[6]
Nada obstante, em
sua reapreciação do materialismo dialético, Althusser recusou-se,
resolutamente, a conferir à filosofia de Marx e Engels a qualidade de ciência
da lógica dos processos objetivamente materiais nos diversos domínios de
desenvolvimento da natureza e da sociedade histórica.
No seu entender, tal
filosofia haveria de ser considerada meramente como uma prática ideológica, uma
teoria da política, relacionada com a defesa da cientificidade dos
conhecimentos, visando à abordagem dos problemas relativos à luta de classes do
movimento dos trabalhadores.
Dessa forma, a
cientificidade da crítica marxista da economia política e da teoria da história
resultava reduzida, nos posicionamentos de Althusser, a uma simples prática
teórica de justificação, a posteriori, de
posições políticas precedentemente adotadas.
Mesmo dentro de
sua perspectiva eminentemente eclética no domínio do marxismo, o estruturalismo
de Althusser
era contrário à admissão do que havia se tornado o materialismo dialético na
perspectiva teórica de Stálin e Thorez, i.e. uma ontologia
estritamente dogmática, de cunho material-dedutivista, i.e. uma hiper-ciência
ordenadora dos diversos sistemas das ciências específicas subordinadas.
Com tal
perspectiva, Althusser lutou por manter-se à distância do que era ainda a
ideologia oficial do PCF, na forma do materialismo dialético
das escolas do partido, na versão doutrinária de Maurice Thorez e Georges
Politzer.
Em tal contexto de
crítica à ideologia dominante do PCF dos anos 60, começou a estruturar-se
igualmente na França, já a partir da morte de Maurice Thorez e sua substituição
por seu fiel epígono, Waldeck Rochet, no ano de 1964, um
novo grupo de jovens pensadores, especializados na perspectiva de Louis
Althusser de releitura estruturalista do marxismo e, de igual maneira,
solidamente situados no interior do stalinismo francês, dedicados, porém, ao
reexame e reinterpretação dos trabalhos de Marx e Engels, desde a ótica do que
consideravam ser, segundo as lentes de seus óculos especulativos, o melhor dos
continuadores da herança do marxismo na Europa Ocidental, i.e. Antonio
Gramsci,
por eles conclamado como o “Lenin do Ocidente”.[7]
Já mesmo no curso
da segunda metade dos anos 60, esse agrupamento de pensadores franceses,
defensores do revisionismo gramsciano do marxismo, localizados na periferia do Partido
Comunista Francês, contou, desde logo, da maneira mais conseqüente, com
a contribuição prática e produção intelectual de Jacques Texier.
A nova geração de
pensadores gramscianos franceses alimentaram suas elaborações e polêmicas
teóricas tendo como eixo referencial não apenas as obras originais produzidas,
em língua italiana, por Antonio Gramsci e diversos teóricos
do Partido
Comunista Italiano (PCI) de então, mas, antes de tudo, tendo em
consideração as publicações e os posicionamentos produzidos em língua francesa por
Romain
Rolland, Roger Garaudy, Robert Paris e, destacamente, pelo
próprio Louis Althusser acerca de Antonio Gramsci, esses últimos pensadores
considerados como os introdutores do pensamento de Gramsci no mundo
intelectual do stalinismo francês. [8][9][10][11][12]
A perspectiva
central de tal agrupamento de pensadores gramscianos franceses do PCF era
a de que Gramsci, ele mesmo, haveria de ser tomado, historicamente, como
o mais profundo e mais criativo continuador de Karl Marx.
Com efeito, Gramsci
teria produzido, em suas obras, da maneira mais conseqüente e
percuciente, o balanço histórico e a suma sintetizante das efetivas implicações
histórico-políticas dos posicionamentos teórico-doutrinários e
político-práticos de Marx e Engels, consolidados na I e
II Internacional, bem como os de
Lenin, Trotsky e Stálin, cristalizados na III e IV Internacional,
abrindo o horizonte para uma nova doutrina, plenamente adequada ao cenário das
lutas sociais da Europa Ocidental do após-guerra. No entender de tal agrupamento
francês de matiz gramsciano, contando com o apoio de Jacques Texier, também as
obras de Gyorgy Lukács, Ernst Bolch, Karl Korsch, Walter Benjamim, Theodor W.
Adorno, Henri Lefebvre e Louis Althusser, ainda que de decisiva
importância análitico-teórica, não poderiam jamais contrastar ou
obscurecer o significado crucial que o pensamento de Antonio Gramsci havia
legado para a atualização do marxismo europeu-ocidental.[13]
Com efeito, o
pensamento de Gramsci, situando em primeiro plano a problemática da divisão do
trabalho e da especialização profissional nas sociedades capitalistas de fins
do século XIX e início do século XX, teria examinado, magistralmente, segundo
afirmava-se, as implicações do processo avançado contemporâneo de constituição
e de diferenciação dos saberes científicos, que acabou conduzindo,
historicamente, à especialização crescente dos organismos de produção econômica
e de todas as instituições do Estado, considerado essencialmente enquanto
instituição universal.
No quadro do
surgimento do capitalismo imperialista e dos Estados soviéticos, tal
preocupação teórica teria permitido a Gramsci examinar, exitosa e
inovadoramente, o fenômeno de consolidação de uma intelectualidade ou
racionalidade geral dominante, absolutamente única e monolítica, produzida e
propagada pelos especialistas dirigentes dos órgãos de Estado e dos partidos
políticos burocráticos e burocratizados, convertidos em instâncias
excessivamente centralizadoras.
No contexto do
pensamento de Gramsci, tal sintoma burocrático-degenerativo, proliferante no
movimento marxista revolucionário das II e III Internacionais, teria
sido, acerba, devida e exaustivamente, criticado.
Assim, a obra de Gramsci
forneceria, desde um primeiro ponto de vista, os elementos decisivos e
indispensáveis para lutar-se, então, contra o “marxismo de aparelho”,
contra “toda ideologização do Partido-Estado”, contra “as
ortodoxias marxistas da II e da III Internacionais”, de modo a
promover-se uma “reforma intelectual e moral do marxismo”, redefinida, sob o
aspecto lógico-científico, como filosofia da práxis.[14]
Essa última,
substituindo o materialismo dialético, seria o instrumento de clarificação,
elucidação e iluminação das contradições lógicas e políticas que existiriam no
interior de cada aparelho de poder burocratizado das sociedades civis e dos
Estados contemporâneos, podendo contribuir assim para a reelaboração
democrática do conhecimento e para a produção democrática de massa de um novo
senso comum.
No campo do
marxismo do século XX, Gramsci estaria, pois, por exigir
uma nova forma relacional entre direção e base partidária marxista, entre
partido marxista e massas sociais, no sentido de uma lógica cultural-interativa
muito mais de persuasão e de convencimento do que essencialmente
decisional-sectária ou mesmo corporativa-internista entre parceiros de luta.[15]
A doutrina de Gramsci
forneceria, assim, elementos para demonstrar que o surgimento de um
regime de partido único, enquanto “Partido-Estado”, nos Estado
dos Soviets, era um instrumento fracassado de poder das massas
oprimidas.
Inversamente, Gramsci
haveria defendido, argutamente, até o limite, uma centralidade
partidária construída no respeito do pluralismo e da persuasão em face das
diferenças – e não o simples reducionismo das diferenças a uma unidade indiferente.
Além disso, a
doutrina de Gramsci estaria coroada pela “remodulação da aporia da
Ditadura
do Proletariado”.
Se, no quadro da
teoria gramsciana, o materialismo dialético haveria de, por um lado, dar lugar
à filosofia
da práxis, a prática e a teoria da Ditadura do Proletariado haveria de,
por outro lado, ser conseqüentemente substituída pela sua nova doutrina mais
ampla e mais abrangente da conquista da hegemonia das massas subalternas
no quadro da sociedade civil e do Estado.[16]
EDITORA DA ESCOLA DE AGITADORES E INSTRUTORES
“UNIVERSIDADE COMUNISTA REVOLUCIONÁRIA J. M. SVERDLOV”
PARA A FORMAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E DIREÇÃO MARXISTA-REVOLUCIONÁRIA
DO PROLETARIADO E SEUS ALIADOS OPRIMIDOS
MOSCOU – BUENOS AIRES - SÃO PAULO – PARIS
[1] Acerca
do tema, vide, p.ex., THOREZ, MAURICE. Ausgewählte Reden und Schriften 1933 – 1960 (Discursos e Escritos Escolhidos 1933 –
1960), Berlim : Dietz, 1962, pp. 7 e s.; POLITZER, GEORGES. La Philosophie et les
Mythes, Paris : Ed. Sociales, 1969, pp. 13
e s. Enquanto cenário de apresentação dessa problemática histórico-teórica, vide, sobretudo,
MORENO, NAHUEL. Lógica
Marxista y Ciencias Modernas,
México-Colômbia : Xólotl-Pluma, 1981, pp. 5 e s.
[2] Nesse
sentido, vide BENSAÏD,
DANIEL & ARTOUS, ANTOINE. Que Faire
?(1903) et la Création de Ligue Communiste(1969), in : Marx ou Crève. Revue de
Critique Communiste, Nr. 6, April-Mai 1976, pp. 2 e s.
[3] Acerca
do tema, vide SARTRE, JEAN-PAUL. Critique de la Raison
Dialectique. Précédé de Question de Méthode, Paris : Gallimard, 1960, pp. 21 e
s.
[4] Acerca
do pensamento de Louis Althusser, vide, sobretudo, ALTHUSSER,
LOUIS / BALIBAR, ETIENNE / ESTABLET, ROGER. Lire le Capital, Vol. I e Vol. II, Paris : Maspero, 1967, pp. 11 e
s.; ALTHUSSER,
LOUIS. Philosophie et Philosophie Spontanée des Savants(1967), Paris :
Maspero, 1974, pp. 13 e s.; IDEM. Pour Marx, 5e. édition, Paris : Maspero, 1968, pp. 257 e s.; IDEM. Lénine et
la Philosophie, Paris : Maspero, 1969, pp. 5 e s.; IDEM. Idéologie et Appareils
Idéologiques d’Etat. Notes pour une Recherche, in : La Pensée, Nr. 151, Paris,
1970, pp. 3 e s.; IDEM.
Lénine et la Philosophie Suivi de Marx et Lénine devant Hegel, Paris : Maspero,
1972, pp. 7 e s.
[5] A esse respeito, vide tb. comentários e críticas
de MORENO, NAHUEL. Lógica Marxista y Ciencias Modernas, México-Colômbia : Xólotl-Pluma, 1981, especialmente
Cap. V : La Ley del Desarollo
Desigual y Combinado, pp.
53 e s.
[6] Acerca
do tema, Moreno assinalou, na
obra em destaque : „Althusser e Godelier esforçaram-se por
incorporar o estruturalismo no marxismo. O primeiro fez uma crítica a Hegel e, de passagem, a alguns
aspectos de Engels, partindo desse método. Para Hegel,
segundo suas palavras, „a contradição
... não está jamais realmente sobredeterminada, ainda que, freqüentemente, pareça ter todas as
aparências de assim o estar. Na Fenomenología, por exemplo,
que descreve as „experiências“ da consciência e sua dialética,
culminando com o advento do
Saber Absoluto, a contradição não parece simples, senão, pelo contrário, muito complexa. Em rigor, apenas pode-se considerar simples a primeira contradição : aquela da consciência
sensível e de seu saber. Porém, quanto mais se avança na dialética de sua produção e quanto mais rica chega a ser a consciência,
mais complexa se faz a sua contradição. Sem embargo, poder-se-ía demonstrar que esta complexidade
não é a complexidade de uma sobredeterminação efetiva, senão a complexidade
de uma interiorização acumulativa, que não possui as
aparênciasde sobredeterminação“.
„Contudo, nenhuma dessas determinações é, em sua essência, exterior às outras,
não apenas porque constituem todas juntas uma
totalidade orgânica original, senão mais ainda e sobretudo porque esssa totalidade
reflete-se em um princípio interno único, que é a verdade de todas as determinações
concretas“. „Basta, então, interrogar-se acerca da razão mediante a qual os fenômenos da mutação histórica são pensados por Hegel nesse conceito simples da contradição,
para colocar justamente a questão essencial.“(Althusser, L. A Revolução Teórica de Marx, México, 1966, pp. 82 e 83. Quer dizer, para Althusser, Hegel trabalha, de fato, sempre em um momento determinado com uma só
contradição, na qual, de memória, como recordo,
acumulam-se todas as contradições anteriores. Segundo ele, a dialética de Marx é distinta (muitas contradições em uma estrutura, das quais uma
está „sobredeterminada“,
i.e. é determinante e determinada
por todas as outras). Marx, pensa Althusser, não deixa nada
de simplicidade hegeliana. Godelier
segue suas pegadas ao postular não apenas as relações
entre contradições dentro
de uma estrutura, senão as das
estruturas dentro de um
sistema. Tanto um com outro, enfeitiçados por encontrar as leis
das estruturas, caem vítimas do formalismo. Althusser tem tendência a esquecer a dinâmica das contradições e de suas relações mútuas,
fazendo com que essas relações
sejam sempre iguais, no
fundo estáticas, a contradição
sobredeterminada não se
modifica.“ Cf. IDEM. ibidem,
pp. 53 e 54.
[7] Nesse
sentido, vide o artigo esclarecedor de ADLER,
A. Gramsci : Lénine en Occident, in : La Nouvelle Critique,
Paris, 1978, Nr. 115 pp. 13
e s.
[8] O pensamento de Antonio
Gramsci adquire ingresso inicial
no horizonte intelectual um pouco mais abrangente da vanguarda de esquerda da França
tão somente a
partir das poucas publicações no idioma francês, realizadas ao longo
dos anos 20 e 30. Nesse sentido,
vide LA CORRESPONDANCE INTERNATIONALE.
Après le Grand Procès contre le Parti Communiste à Rome, Vol. VII, Nr. 103,
Paris, 1927, p. 1.100.; IDEM. La Vie
de Gramsci et de Tulli est en Danger, Vol. VIII, Nr.
45, Paris, 1928, p. 554.; IDEM. La Vie d’un Grand Révolutionnaire, Vol. XVII, Nr. 19, Paris,
1937, p. 486.; L’HUMANITÉ.
Notre Camarade Gramsci est Mort, Vol XXXIV, Nr. 14.012, Paris, 20 de Abril de 1937.
[9] Nesse
sentido, vide, sobretudo, ROLLAND, ROMAIN. Antonio Gramsci :
Ceux Qui Meurent dans les Prisons de Mussolini, Paris : Imprimerie Centrale,
1934, pp. 16 e s.
[10] Vide GARAUDY, ROGER. Introduction à l’Oeuvre d’Antonion Gramsci, in :
La Nouvelle Critique, Vol. IX, Nr. 87-88, Paris, 1957, pp. 97 e s.; IDEM.
Humanisme Marxiste. Cinq Essais Polémiques, Paris : Editions Sociales, 1957,
pp. 235 e s.; IDEM.
Pour un Modèle Français du Socialisme, Paris : Gallimard, 1968, pp. 385 e s.; IDEM.
Révolution et Bloc Historique, in : L’Homme et la Société, Nr. 21, Paris, 1971,
pp. 169 e s.
[11] Vide, nesse sentido, PARIS, ROBERT. Entre Marx et Lénine :
Gramsci ?, in : Arguments, Vol. IV, Nr. 17, Paris, 1960, pp. 44 e s.; IDEM. Le
Socratisme de Gramsci, in : ibidem, Vol. VI, Nr. 25/26, Paris, 1962, pp. 49 e s.; IDEM. Histoire
du Fascisme en Italie, Vol. I : Des Origines à la Prise du Pouvoir, Paris :
Maspero, 1962, pp. 364 e s.; IDEM.
La Première Expérience Politique de Gramsci (1914-1915), in : Le Mouvement
Social, Nr. 42, Paris, 1963, pp. 31 e s.; IDEM. Antonio Gramsci, in : Partisans, Nr.
16, Paris, 1964, pp. 19 e s.; IDEM. Critique de „La
Revisione del Marxismo in Italia“, Milano :
Feltrinelli, 1964, pp. 5 e s.; IDEM.
Une
Biographie (Américaine) de Gramsci, in : Annales Economies, Sociétés,
Civilisations, Vol. XXIII, Nr. 6, Paris, 1968, pp. 1.400 e s.;
IDEM. Les Lettres de Prison de
Gramsci, in: ibidem, pp. 1.405 e s.; IDEM. Des Inédits de Gramsci
(1915-1921), in : Les Temps Modernes, 1970, pp. 1.286 e s.;
IDEM. Actualité d’Antonio Gramsci,
in : La Quinzaine Littéraire, Nr. 123, Paris, 1971, pp. 28 e s.;
IDEM. Introduction in Ecrits
Politiques, Vol. I : 1914-1920, Paris :
Gallimard, 1974, pp. 11 e s.; IDEM. Pour une Véritable
Lecture de Cahiers de Prison, in : La Quinzaine Littéraire, Nr. 184, Paris,
1974, pp. 21 e s.; IDEM. Compte Rendu
de „Movimento Operario e Storiografia Marxista. Rassegne e Note Critiche“ de S. Sechi, in :
Annales Economies, Sociétés, Civilisations, Vol. XXXIV, Nr. 4, Paris, 1979, pp.
888 e s.; IDEM.
Gramsci en France, in : Revue Française de Science Politique, Vol. XXIX, Nr. 1,
Paris, 1979, pp. 5 e s.; IDEM. Mariaftegui et Gramsci : Quelques
Prolégomènes à une Etude Contrastive de la Diffusion du Marxisme in „ Marx au
Lendemain d’un Centenaire I : Critique de la Politique et de l’Economie
Politique“, in : Cahiers de l’I.S.M.E.A., Vol. XVIII, Nr.
7/8, Nr. 23/24, pp. 183 e s.
[12] Nesse
sentido, vide, sobretudo, ALTHUSSER, LOUIS / BALIBAR, ETIENNE /
ESTABLET, ROGER. Lire le Capital, Vol. II, 3e. Edition, Paris : Maspero,
1967, especialmente Le Marxisme n’est pas un
Historicisme, pp. 73 e s.; ALTHUSSER, LOUIS. Pour Marx, 5e. Edition, Paris : Maspero, 1968, p.
257.; IDEM.
Idéologie et Appareils Idéologiques d’Etat. Notes pour une Recherche, in : La
Pensée, Nr. 151, Paris, 1970, pp. 3 e s.
[13] Nesse
sentido, vide, antes de tudo,
TEXIER, JACQUES. Antonio Gramsci, Paris : Seghers,
1966, pp. 187 e s.; TOSEL, ANDRÉ. Le Développement du Marxisme en Europe Occidentale
depuis 1917, in : Histoire de la Philosophie, Vol. II : Du XIXe. Siècle à nos
Jours, Paris : Gallimard, 1974, pp. 902 e s.
[14] Acerca
do tema, vide TOSEL, ANDRÉ. Gramsci : Philosophie de
la Praxis et Réforme Intellectuelle et Morale, in : ibidem, Nr. 235, 1983, pp. 39 e s.
; IDEM. Gramsci ou La
Philosophie de la Praxis comme Marxisme de la Crise Organique du Capitaisme, Paris : Editions Sociales, 1983, pp. 9 e s.; TOSEL, ANDRÉ. Praxis.
Vers une Refondation en Philosophie Marxiste, Paris : Editions Sociales, 1984,
pp. 11 e s.
[15] Tal perspectiva
da ideologia
gramsciana transparece,
claramente, nos argumentos de Grisolia,
Ferrando e Ricci, dirigentes da Associazzione Marxista Rivoluzionaria
Proposta, seção italiana da Oposição Trotskysta Internacional(OTI), quando defendem dever Refundação Comunista da Itália adotar
uma concepção gramsciana de construção partidária : “ 4.1. Construindo o Partido Refundação Comunista como Fórum Intelectual.
Na base da análise prévia, o giro político e estratégico que o IV Congresso
proporcionou necessita uma nova concepção de partido e de sua estrutura. A nova
resposta aos problemas do PRC não está na solução do “Partido Comunidade”, i.e.
um partido que se proponha enquanto contra-parte à desagregação e ao “deserto
exterior”, tornando-se um centro social
para organizações de mútuo, de escolas, de cultura. O tipo de solução,
que não parece muito sensível, não coloca o partido na realidade do trabalho,
porém arrisca a fortalecer a auto-absorção. Isso não apenas não rompe o círculo
auto-referencial, senão piora-o na nova forma do sectarismo, erradicação
social, destacamento dos movimentos, para vantagem dos democrátas de esquerda e
sindicatos. Pelo contrário, é necessário readquirir e renovar o conceito
gramsciano de partido enquanto uma convenção intelectual, engajada na luta de
classes pela direção entre as massas : um partido que orienta sua cultura
política, sua estrutura organizativa e suas funções para a conquista de um
projeto anti-capitalista.” Cf. GRISOLIA,
FRANCO / FERRANDO, MARCO / RICCI, FRANCESCO. Communist Refoundation Party.
For a Communist Project. Congress Document. 4Th National Congress of
PRC, in : International Trotskyst Oppositon Site, http://www.
gn.apc.org/ito/ito. html, 21 de Março de
1999.
[16] Acerca
do tema, examine-se já a obra de TEXIER, JACQUES. Sur le Concept de la Société Civile. Gramsci
Théoricien des Superstructures, in : La Pensée, Nr. 139, Paris : 1968, pp. 35 e
s.
[17] Nesse
sentido, vide, precisamente, GARAUDY, ROGER. Pour un Modèle Français du Socialisme, Paris : Gallimard,
1968, pp. 385 e s.; TOSEL, ANDRÉ. Praxis. Vers une Refondation en Philosophie Marxiste,
Paris : Editions Sociales, 1984, pp. 17 e s.
[18] Acerca
do tema, vide GARAUDY, ROGER. Révolution et Bloc
Historique, in : L’Homme et la Société, Nr. 21, Paris, 1971, pp. 169 e s.; TOSEL, ANDRÉ. Praxis.
Vers une Refondation en Philosophie Marxiste, Paris : Editions Sociales, 1984,
pp. 17 e s.