"A Revolução Francesa foi a origem da democracia na
Europa.
A democracia é - e, assim, considero todas as formas de
governo - uma contradição em si mesma,
uma mentira, no fundo nada senão hipocrisia, teologia -
tal como nós, alemães, a denominamos.
A liberdade política é falsa liberdade, o pior modo
de escravidão, a aparência da liberdade e, por essa razão, a pior
servidão.
O mesmo sucede com a igualdade política, razão por que a
democracia há de ser finalmente despedaçada, tal qual qualquer outra forma de
governo :
a hipocrisia não pode possuir nenhum conteúdo, a
contradição nela oculta deve ser colocada às claras.
Ou verdadeira escravidão, i.e. despotismo
descarado, ou então autêntica liberdade e autêntica igualdade, i.e.
comunismo.
A Revolução Francesa produziu ambas essas formas :
Napoleão instaurou uma delas, Babeuf, a outra.
Friedrich Engels”[1]
“Quando aquele sujeitinho do Wedde esteve em Londres, pela primeira vez,
usei a expressão "mitologia moderna"
como designação das Deusas da "Justiça, Liberdade, Igualdade etc.",
as quais voltaram a andar à solta por aí.
Isso lhe provocou uma profunda impressão, pois o próprio Wedde tem feito
muito a serviço desses seres superiores.
Aos olhos de Wedde,
Höchberg parecia um pouco verdühringt (EvM.: dühringisado, absorvido pelas
posições de Dühring)
e Wedde possui um nariz
mais afiado que o de Wilhelm Liebknecht.
(...)
Karl Marx”[2]
Concepção e Organização
Portau Schmidt
von Köln
Compilação e
Tradução
Emil Asturig
von München
Em homenagem aos lutadores
proletários de Oaxaca,
encarcerados pelo Estado
Burguês Pró-Imperialista Mexicano
em razão de lutarem
corajosamente contra o imperialismo capitalista e seus marionetes governistas
EDITORA DA ESCOLA DE AGITADORES E INSTRUTORES
“UNIVERSIDADE COMUNISTA REVOLUCIONÁRIA J. M. SVERDLOV”
PARA A FORMAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E DIREÇÃO MARXISTA-REVOLUCIONÁRIA
DO PROLETARIADO E SEUS ALIADOS OPRIMIDOS
MOSCOU - SÃO PAULO - MUNIQUE – PARIS
ÍNDICE
GERAL
CAPÍTULO
I.
O Socialismo e a
Questão Colonial
CAPÍTULO
II.
Lineamentos sobre a Origem
do Socialismo Alemão : Introdução.
CAPÍTULO III.
Martinho Lutero, um dos
Mentores do Socialismo Alemão
CAPÍTULO IV.
Immanuel Kant, Pai do
Socialismo Individualista
CAPÍTULO V.
Kant e Fichte, Corifeus do
Socialismo Alemão
CAPÍTULO VI.
Fichte, Fundador do
Socialismo Anarquista
CAPÍTULO VII.
O Socialismo Alemão : Obra
de Hegel, Marx e Lassalle
[1] Cf. ENGELS, FRIEDRICH. Fortschritte der Sozialreform auf dem Kontinent
(Progressos da Reforma Social no Continente)(4 de Novembro de
1843), Capítulo I. Frankreich (França), in : ibidem, Vol. 1, p. 481.
[2] Cf. MARX, KARL. Brief an Friedrich Engels in Ramsgate (Carta a Friedrich Engels em Ramsgate)(1° de Agosto de 1877), in : Karl Marx und Friedrich Engels Werke (Obras de Karl Marx e Friedrich Engels), Vol. 34, Berlim : Dietz, 1966, pp. 65 e s.